Ataques a regiões nas mãos do regime sírio em Aleppo deixa ao menos 11 mortos

Beirute, 3 jun (EFE).- Pelo menos 11 pessoas morreram nesta terça-feira no impacto de bombas disparadas por brigadas rebeldes contra bairros controlados pelas forças governamentais em Aleppo, a maior cidade do norte da Síria.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que os insurgentes lançaram foguetes contra as regiões de Ashrafie, Hamdaniya, Sheikh Taha e as imediações da prefeitura.

Por sua vez, a aviação militar bombardeou os distritos de Al Arian, Sheikh Maqsud e Bustán al Qasr, além do centro velho, onde foi registrado um número indeterminado de vítimas.

No fim de semana passado, pelo menos 50 pessoas morreram em Aleppo pelo bombardeio com projéteis contra áreas nas mãos das autoridades.

A Síria realiza hoje eleições presidenciais nas regiões sob controle do regime nas quais o presidente Bashar al Assad se candidatou à reeleição.

Quatro grupos rebeldes anunciaram hoje que não atacariam os centros de votação para evitar o derramamento de sangue de civis.

Foi o que afirmaram em comunicado publicado no Twitter a Frente Islâmica, principal aliança opositora armada, o exército dos Mujahedins, a Legião do Levante e a União Islâmica dos Soldados do Levante.

O opositor Abu Huzeifa, porta-voz do exército do Islã, uma das facções que integram a Frente Islâmica, disse à Agência Efe que os combatentes no terreno estão respeitando esta ordem e não atacaram nenhum centro eleitoral.

Mesmo assim, destacou que a jornada está correndo como “um dia normal” nas áreas controladas pelos insurgentes, já que se mantêm os ataques contra os soldados governamentais e o exército, por sua vez, prosseguiu com seus bombardeios, como em qualquer outro dia.

A Síria já entra no quarto ano de um conflito que deixou mais de 162 mil mortos, segundo o Observatório. EFE