Atentados suicidas deixam 27 soldados sírios mortos e dezenas feridos
Cairo, 7 ago (EFE).- Pelo menos 27 soldados sírios morreram e dezenas ficaram feridos nesta quinta-feira em três atentados suicidas em frente à sede da 93ª Brigada do Exército da Síria, na província de Al Raqqah, no norte do país, informou hoje o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Em comunicado, o OSDH explicou que, após esses ataques, começaram duros combates entre membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e das forças do regime nos arredores do quartel, no norte de Al Raqqah, que provocaram a morte de 14 jihadistas.
Além disso, afirmou ter recebido informações que confirmam que o EI tomou o controle de amplos setores dessa base militar como resultado de seu avanço na região, que é considerada o último ponto de resistência do governo de Damasco no norte de Al Raqqah, e o penúltimo em toda essa província.
O OSDH lembrou que centenas de oficiais e soldados fugiram da 93ª Brigada e da Divisão 17, que foi tomada pelo EI no último dia 25.
A Divisão 17 era uma das maiores do nordeste da Síria e uma das principais posições do Exército em Al Raqqah, junto com a sede da 93ª Brigada e o aeroporto militar de Al Tabaqa.
Por outro lado, o OSDH revelou que ontem à noite foram encontrados os corpos de quatro militares nas proximidades dessa Divisão, o que elevou para 105 o número de membros dessa base militar que morreram ou foram executados desde que o EI tomou o controle do local.
Entre os mortos estão pelo menos 16 oficiais, e ainda há mais de 140 soldados em paradeiro desconhecido. Ainda não se sabe se foram assassinados ou se estão escondidos em aldeias e residências da zona rural de Al Raqqah.
O EI controla Al Raqqah e grande parte da província vizinha de Deir ez Zor, onde várias tribos e organizações armadas lhe juraram lealdade diante de seus avanços.
A organização extremista sunita proclamou no final de junho um “califado” nos territórios do Iraque e da Síria.
Mais de 171 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em meados de março de 2011, segundo números do OSDH. EFE
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