Autoridades erguem monumento ao cinismo sobre escombros em SP

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2018 11h35 - Atualizado em 02/05/2018 12h06
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EFE/Sebastião Moreira Bombeiros seguem trabalhando na retirada de entulhos e busca por sobreviventes em prédio que desabou em São Paulo

O comentarista Augusto Nunes destacou em seu comentário final ao Jornal da Manhã os “piores momentos” da tragédia do incêndio e desabamento do prédio que abrigou a sede da Polícia Federal e era ocupado por movimentos sociais no centro de São Paulo.

O ex-deputado Robson Tuma, representante do governo federal no elenco dos culpados pela tragédia no centro de SP, apareceu no local do crime para queixar-se de dificuldades impostas pela democracia. Aproveitou a presença de câmeras de TV e chorou.

O governador Márcio França disse que o incêndio era “mais ou menos previsível”. Dado o recado, França retomou a campanha eleitoral para continuar no emprego sem explicar por que nada fez para evitar que o que estava previsto acontecesse.

O prefeito Bruno Covas mandou interditar cinco prédios em situação de risco e garantiu que outros 70 serão vistoriados com urgência. Dispensou-se de esclarecer por que só depois que um prédio cai são vistoriados os que estão para cair.

O marechal das tropas sem-teto, Guilherme Boulos, ergueu em poucas palavras outro monumento ao cinismo. Avisou que o estupro do direito de propriedade no centro de São Paulo foi terceirizado pelo MTST, se solidarizou com a sigla que vinha extorquindo os moradores do prédio destruído e transferiu a culpa para os capitalistas selvagens.

O edifício Wilton Paes de Almeida não existe mais.

O espetáculo da incompetência administrativa, do oportunismo político e da cafagestagem criminosa não tem prazo para chegar ao fim.

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