Autoridades dos EUA investigam companhias aéreas por possível conluio
Nova York, 1 jul (EFE).- As autoridades dos Estados Unidos iniciaram uma investigação perante a possibilidade de que várias companhias aéreas nacionais estejam coordenando ações para manter seus lucros, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
Tanto “The Wall Street Journal” como “The New York Times” citaram uma porta-voz do Departamento de Justiça que garante que está sendo realizada uma investigação por uma “possível coordenação ilícita” entre as companhias aéreas.
A fonte, no entanto, não citou as companhias aéreas envolvidas, embora, segundo o “Journal”, United Continental, American Airlines e Southwest Airlines confirmaram a investigação e disseram que estão cooperando com as autoridades.
Essa notícia é revelada em uma época de bonança para as companhias aéreas americanas devido aos baixos preços dos combustíveis, um dos principais componentes de seus custos, por causa da queda dos preços internacionais do petróleo que se arrasta desde 2014.
Segundo informaram ao “Journal” fontes a par da investigação, os trabalhos começaram há dois meses e as autoridades estão interessadas em descobrir se as companhias estão limitando seus planos de expansão.
O senador democrata Richard Blumenthal, do estado de Connecticut, pediu no último dia 17 de junho ao Departamento de Justiça “ações agressivas” contra as companhias aéreas por manter altas tarifas aéreas apesar do aumento de seus lucros.
O “Journal” teve acesso à cópia de uma das cartas recebidas pelas companhias aéreas na qual o Departamento de Justiça inquire sobre os planos de expansão da empresa e suas reuniões com analistas e outros diretores do setor.
O jornal lembra que, em uma conferência de companhias aéreas realizada no mês passado em Miami, vários executivos disseram que estavam sendo cuidadosos para limitar a expansão de seus serviços para garantir uma boa margem de lucro.
Grande parte do setor aéreo dos Estados Unidos – 80% – está controlado por quatro companhias: United, Delta, American Airlines e Southwest Airlines. EFE
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