Aves migratórias teriam introduzido gripe aviária na Europa, segundo OMS

  • Por Agencia EFE
  • 18/11/2014 11h38
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Genebra, 18 nov (EFE). – A Organização Mundial da Saúde (OMS) explicou nesta terça-feira que a principal suspeita sobre os diferentes surtos de gripe aviária que foram detectados na Europa é de que os vírus foram introduzidos no continente por pássaros migratórios vindos da Ásia.

Em entrevista coletiva a epidemiologista e especialista em zoonosis da OMS, Elizabeth Mumford, praticamente descartou que a gripe aviária possa ter chegado ao solo europeu através do comércio. Até o momento, a presença da doença foi detectada em três países: Holanda, Alemanha e Reino Unido.

Na Holanda e na Alemanha foi confirmado que se trata da cepa H5N8. Já na Grã-Bretanha ainda é preciso determinar com exatidão qual é o vírus em questão, especificou a especialista, embora saibam que se trata de um H5 e “se suspeita” que poderia ser um N8.

Elizabeth explicou que houve três tipos de animais diferentes afetados: patos, perus e frangos. Segundo ela, seria “muito estranho” que três espécies diferentes tivessem se infectado ao mesmo tempo se a origem fosse o comércio.

“Agora estamos em época migratória, e os três países fazem parte do percurso utilizado pelas aves que vêm da Ásia”, assinalou.

A especialista sustentou, além disso, que é possível que as aves migratórias tenham se infectado com os vírus, mas não transmitiram as demais, por isso puderam viajar e contagiar outros animais. Desde o começo do ano, a presença da mesma cepa do vírus H5N8 na China, Coreia do Sul, e Japão foi detectada.

Para tranquilizar a população, Elizabeth afirmou que a OMS não foi informada de que algum ser humano tenha se infectado com o vírus, mas que se ocorresse, essa pessoa poderia ser tratada com oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu.

“Vimos que o vírus reage ao oseltamivir, com o que, eventualmente, os humanos poderiam ser tratados com ele”.

De acordo com a especialista, “muito pouco do vírus” ainda é conhecido, mas ela deixou claro que todos os mecanismos de prevenção e protocolos estão em funcionamento para atuar com prontidão e eficácia.

“Existem os mecanismos, sabemos muito sobre zoonosis e gripe, estamos preparados”, afirmou. EFE

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