Bachelet anuncia reformas para aumentar segurança contra terrorismo

  • Por Agencia EFE
  • 09/09/2014 15h25

Santiago do Chile, 9 set (EFE).- A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou nesta terça-feira uma série de reformas legais para fortalecer a polícia e o Ministério Público na luta contra o terrorismo, após o atentado ocorrido ontem em uma estação do metrô de Santiago, que deixou 14 pessoas feridas, duas delas em estado grave.

“Não vamos permitir que um grupo de terroristas covardes altere nossa convivência pacífica”, disse Bachelet depois de uma reunião do Comitê de Segurança realizado no Palácio de la Moneda, sede do Executivo.

Após pedir unidade de todo país e solicitar que os chilenos fiquem atentos às situações que despertam suspeita, Bachelet anunciou a reforma das leis antiterroristas e de inteligência. O governo chileno alterou também a legislação de armas e explosivos, e disse que fortalecerá o Ministério Público.

“Vamos aplicar todo o peso da lei aos responsáveis. Não vamos tremer a mão frente a ações como esta”, assegurou a presidente, que disse que a colaboração da comunidade é indispensável.

Bachelet fez também um pedido de união à população. “Este é o momento de unidade para o país, e espero que todos os setores rejeitem estes atos covardes”, afirmou a governante.

O governo chileno já apresentou denúncia pelo atentado, considerado o mais grave após o retorno da democracia em 1990.

O advogado Luis Correa, chefe do Departamento Jurídico do Subsecretariado de Interior, entrou com uma ação na Justiça, envolvendo todos os responsáveis pelo ataque, investigado pela polícia e pela Promotoria Metropolitana Sul, disse o portal “Emol”.

A estratégia foi a mesma usada pelo governo chileno depois de outro atentado em Santiago, em 13 de julho. A medida também foi adotada após os ataques que atingiram dois quartéis policiais na capital em agosto de 2013.

Uma bomba, colocada em uma lixeira, explodiu em um dos acessos à estação de metrô Escola Militar, em Santiago, por volta de 14h de ontem, deixando 14 pessoas feridas.

Duas mulheres tiveram fraturas expostas, perderam dedos das mãos, e seguem internadas após passarem por cirurgias na noite de segunda-feira.

A promotoria chilena continua com as investigações e dá atenção especial às imagens de câmeras de seguranças instaladas na área da explosão. Houve também reforço policial. Cerca de 500 agentes foram deslocados para fiscalizar as estações mais movimentadas, que operam como conexões para outras linhas do metrô de Santiago.

Ainda não há detalhes sobre os responsáveis por ataques, mas há informação de que uma das câmeras de vigilância registrou imagens de um indivíduo suspeito de instalar a bomba.

O metrô de Santiago vai retirar as lixeiras das estações para tentar prevenir novos atentados. EFE

pm/lvl/ff

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.