BDMG usará teste psicométrico para definir crédito com apoio do BID

  • Por Agencia EFE
  • 28/03/2014 21h45
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Costa do Sauípe, 28 mar (EFE).- O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) usará um teste psicométrico para definir se concede créditos a pequenas e médias empresas recém criadas, no marco de um projeto que terá apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), informaram nesta sexta-feira os dois organismos.

A adoção da metodologia inovadora para definir o risco de créditos a empresas novas que carecem de histórico financeiro foi estipulado por ambas instituições no balneário da Costa do Sauípe, na Bahia, onde o BID realiza desde ontem sua 55ª Assembleia Anual.

O respectivo acordo foi assinado nesta sexta-feira pelo presidente do BID, Luis Alberto Moreno, e pelo presidente do BDMG, Matheus de Carvalho, e transforma o banco regional de Minas Gerais em um dos primeiros na América Latina a utilizar comercialmente a metodologia.

O BDMG oferecerá inicialmente uma linha de crédito de R$ 60 milhões à qual poderão aspirar empresas recém criadas que solicitem empréstimos de até R$ 15 mil.

A concessão está condicionada a que o beneficiado se submeta a um teste psicométrico criado há cinco anos por pesquisadores da Universidade de Harvard e que determina as características da pessoa que pede empréstimos e seu nível de risco.

O método, já testado por instituições de dois países latino-americanos, é reconhecido pelo G20 SME Finance como uma solução inovadora para o problema da falta de acesso ao crédito de pequenas e médias empresas que surgem no mundo todo.

O sistema foi melhorado com a ajuda do próprio BID e dos testes realizados em países da África e da América Latina.

Segundo o BID, os potenciais beneficiários têm que responder a uma lista de 150 perguntas que determinam sua inteligência, aptidões empresariais, personalidade, ética, caráter e crenças.

O resultado é uma pontuação que os bancos podem usar para avaliar até que ponto os solicitantes estão em condições de reembolsar os empréstimos.

As novas pequenas e médias empresas “carecem de mecanismos de financiamento com condições atrativas porque não contam com um histórico financeiro”, afirmou o presidente do BID.

De acordo com Moreno, este método preenche um déficit do sistema financeiro e incentiva a criação de pequenas e médias empresas. EFE

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