BM considera que acordo de livre-comércio pode transformar a África
Cairo, 10 jun (EFE).- O presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, deu nesta quarta-feira as boas-vindas ao acordo para o estabelecimento de uma zona de livre-comércio entre 26 países africanos, que em sua opinião pode transformar o continente.
Kim, que realiza sua primeira visita oficial ao Egito, ofereceu um discurso na cúpula tripartida da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), do Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA) e da Comunidade da África Oriental (CAO), na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh.
O presidente do BM assegurou que um acordo destas características “tem o potencial para transformar o continente” africano, graças a uma maior integração regional e no mercado mundial.
“Os chefes de Estado (aqui reunidos) estabeleceram uma ambiciosa agenda, que reúne 26 países, um PIB de mais de US$ 1,2 trilhão e mais 500 milhões de pessoas”, detalhou Kim, desejando que isto possa apresentar novas oportunidades econômicas que melhorem as condições de vida dos mais pobres.
Mesmo assim, Kim advertiu que o livre-comércio por si próprio “não pode acabar com a pobreza e nem aumentar a prosperidade”, mas “deve estar acompanhado de políticas e programas que ajudem a maioria da população a se beneficiar deste comércio”.
Além disso, Kim destacou que uma maior integração regional pode ter um papel fundamental na hora de resolver conflitos, o que já está ocorrendo na África. O presidente do BM também desejou que a mesma coisa possa ocorrer no Oriente Médio, perante a situação de instabilidade que vive a região.
Por outro lado, Kim aproveitou para reiterar o compromisso do Banco Mundial com a África e o Oriente Médio, regiões às quais o organismo financeiro forneceu mais de US$ 20 bilhões em 2014 e deve alcançar o mesmo número no presente ano.
A SADC, a COMESA e a CAO estão reunidas hoje para assinar um acordo para criar uma zona mista de livre-comércio que se estenderá desde o Egito até a África do Sul, onde atualmente há um volume de intercâmbios de mais de US$ 100 bilhões.
O acordo procura a libertação do comércio, dos serviços e a diminuição do custo alfandegário em 85% durante os próximos cinco anos.EFE
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