Boinas azuis fijianos libertados por islamitas retornam à Síria
Jerusalém, 11 set (EFE).- Os 44 boinas azuis do Fiji libertados nesta quinta-feira pela Frente al Nursa, filial da Al Qaeda na Síria, retornaram à base em território sírio após passar algumas horas pelo setor controlado por Israel nas Colinas de Golã.
Esta foi a condição de que os rebeldes impuseram para deixá-los em liberdade, informou a edição digital do jornal “Yedioth Ahronoth”.
Os capacetes azuis, sequestrados em agosto, chegaram à Israel na primeira hora da tarde após cruzarem a fronteira por uma das passagens das Colinas de Golã, onde realizavam missão de observação para garantir o cumprimento do acordo de não agressão de 1974.
“Eles vieram por uma passagem aberta na altura da cidade de Quneitra”, confirmou à Efe um porta-voz militar, que não soube informar para onde o grupo foi posteriormente.
As Forças das Nações Unidas de Observação da Separação (Undof, na sigla em inglês) têm bases do lado do planalto que Israel mantém sob seu controle desde que assinou com a Síria o armistício, provável destino dos boinas azuis a princípio.
Entre os israelenses a informação é de que as tropas já voltaram a atravessar a fronteira em direção à Síria.
A libertação dos militares tinha sido confirmada à Efe em Beirute pelo diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman.
Pouco antes, a Frente al Nursa publicou um vídeo na internet em que anunciava a soltura dos boinas azuis “em breve” e pedia a liberação de presos em centros de detenção do regime sírio.
Abderrahman ressaltou que até agora não há confirmação de cumprimento das exigências dos sequestradores.
Os militares fijianos foram capturados pela Frente al Nusra em 28 de agosto, segundo comunicado da organização jihadista, em resposta à “conspiração” e às “sanções” da ONU contra as brigadas sunitas que combatem o regime de Damasco. Durante o período, o governo de Fiji estava negociando para libertá-los.
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU exigiu, de maneira unânime, a libertação das tropas de paz e condenou sua captura “nos termos mais enérgicos possíveis”. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.