Bombardeio saudita no noroeste do Iêmen mata pelo menos 28 civis
Sana, 27 set (EFE).- Pelo menos 28 civis morreram e outros 17 ficaram feridos em um bombardeio lançado neste domingo pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita contra uma população iemenita próxima à fronteira desse país, informou a agência oficial de notícias “Saba”, que depende dos rebeldes iemenitas houthis.
Segundo a agência, helicópteros da coalizão militar bombardearam os imóveis dos civis e, quando os residentes fugiram do interior dos edifícios, “lhes perseguiram e lhes bombardearam” de novo.
As equipes de resgate e primeiros socorros seguem trabalhando neste momento para transferir os feridos e o número de mortos pode aumentar devido à gravidade de alguns casos, acrescentou a fonte.
Anteriormente, a agência de notícias “Yaqin”, que também depende dos rebeldes xiitas, informou que pelo menos 25 civis morreram nesse ataque da coalizão na população de Al Awared, na zona litorânea de Medi, no noroeste do Iêmen.
Esta fonte garantiu que helicópteros sauditas “perseguiram e assassinaram os civis”, coincidindo com a versão oferecida pela “Saba”.
Na sexta-feira, Anistia Internacional (AI) exigiu à ONU em comunicado uma investigação sobre “as violações do direito internacional humanitário e dos grandes abusos de direitos humanos cometidos por todas as partes” no conflito do Iêmen.
Além disso, acusou a Arábia Saudita, o governo iemenita e outros membros da coalizão de tentar bloquear o estabelecimento de uma investigação das Nações Unidas a respeito.
Mais de 2,1 mil civis, incluídos pelo menos 400 crianças, morreram no conflito, que provocou uma grave crise humanitária e o deslocamento de 1,4 milhão pessoas, segundo a ONU.
Riad lançou uma operação militar no Iêmen em março contra os rebeldes xiitas, que expulsaram o governo do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, da cidade meridional de Áden, para onde o líder já retornou.
Os bombardeios da coalizão árabe-sunita atingiram em muitas ocasiões alvos civis, deixando vítimas entre a população em zonas sob controle dos rebeldes, especialmente a capital Sana. EFE
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