Bombardeios da coalizão contra quartel em Sana deixa pelo menos 40 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 12h23
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Sana, 27 mai (EFE).- Pelo menos 40 pessoas morreram e cem ficaram feridas em seis bombardeios da aviação da coalizão, liderada pela Arábia Saudita, contra um quartel controlado pelos rebeldes houthis no centro da capital iemenita, Sana.

Fontes do movimento houthi explicaram à Agência Efe que o alvo dos bombardeios foi uma sede das Forças Especiais e que entre as vítimas há milicianos rebeldes e recrutas da polícia iemenita.

Dezenas de ambulâncias se dirigiram à zona do quartel, de onde foi possível avistar uma grande coluna de fumaça e em cujo interior seguiram ocorrendo explosões nos depósitos de armas.

Os ataque eram dirigidos contra um grupo de houthis que estava pegando armas em um dos armazéns, segundo uma fonte de segurança.

O quartel está situado na zona de Al Sabain, perto do bairro residencial de Heda, onde estão várias embaixadas e sedes de empresas estrangeiras.

A coalizão também atacou hoje desde navios de guerra o porto militar e o quartel da brigada das Forças Litorâneas na cidade de Al Hodeida, em mãos dos houthis e situada no litoral do Mar Vermelho.

Estes bombardeios destruíram um avião militar iemenita e um segundo ficou danificado, embora até o momento se desconheça se houve mortes.

Vários projéteis caíram, além disso, na Faculdade de Medicina da Universidade de Al Hodeida, causando a morte de quatro guardas de segurança, disse à Efe um estudante.

O universitário insistiu em uma conversa telefônica em que na faculdade não há combatentes houthis, por isso que expressou sua estranheza perante este ataque.

Por outro lado, a televisão “Al Masira”, dos houthis, informou que bombardeios da coalizão na zona setentrional de Baqil al Mir, fronteiriça com a Arábia Saudita, deixaram 30 mortos, um incidente que não pôde ser confirmado por outras fontes.

Em 26 de março, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita declarou a guerra aos rebeldes houthis do Iêmen que tentam arrebatar o poder do presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, refugiado desde então em Riad.

Até o dia de hoje, a coalizão se concentrou em bombardear posições e concentrações dos houthis e seus aliados, e em bloquear seus portos marítimos, enquanto no terreno há enfrentamentos entre os rebeldes e as forças fiéis a Hadi.

Os contínuos enfrentamentos, só interrompidos durante cinco dias em meados de maio por uma trégua humanitária, que não foi cumprida por nenhuma das partes, impediram sistematicamente a entrada de ajuda humanitária ao país, o mais pobre da península Arábica. EFE

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