Bombardeios das tropas internacionais no Afeganistão matam 28 talibãs
Cabul, 20 jul (EFE).- Pelo menos 28 talibãs morreram em dois bombardeios das tropas internacionais nas províncias afegãs de Herat (oeste) e Logar (leste), informaram neste domingo fontes oficiais.
No ataque registrado em Logar, na área de Pul-i-Alam, pelo menos 16 insurgentes morreram pelo bombardeio ontem a um comboio talibã, afirmou à Agência Efe o chefe dos serviços de inteligência afegãos na região, Abdul Wali Tunfan.
A fonte acrescentou que os veículos nos quais os talibãs estavam foram completamente destruídos e todos seus ocupantes faleceram.
Por sua vez, o porta-voz do governador provincial, Mohammed Darwish, esclareceu ao jornal local “Khaama” que o ataque foi perpetrado por uma aeronave da missão da Otan no Afeganistão (Isaf).
No outro bombardeio de relevância que aconteceu ontem no Afeganistão, pelo menos 12 talibãs morreram no distrito de Obe em Herat, afirmou à Agência Efe uma alto cargo do governo local, que preferiu manter o anonimato.
O chefe da Polícia do distrito, Aqa Alokozai, assegurou à “Khaama” que o ataque foi realizado com um avião não-tripulado ou drone dos Estados Unidos e que os talibãs falecidos estavam sob as ordens de um dos comandantes mais sanguinários de Herat.
Este é o segundo ataque com drone americano em poucos dias, depois que na sexta-feira quatro talibãs morreram e outros dois ficaram feridos em um bombardeio na província oriental afegã de Kunar.
Os ataques com aviões não tripulados são muito controvertidos no país asiático, especialmente pela morte de civis.
O conflito no Afeganistão se encontra em um de seus momentos mais sangrentos desde a invasão dos Estados Unidos, que propiciou a queda do regime talibã há 12 anos.
As tropas internacionais começaram em 2011 a se retirar gradualmente do Afeganistão e a transferir por fases a competência da segurança ao Exército e à polícia afegãos.
A Isaf concluirá sua missão no país asiático no final deste ano, mas os Estados Unidos anunciaram que manterão cerca de 9,8 mil soldados em solo afegão até completar sua saída total no final de 2016. EFE
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