Bombardeios do regime na Síria matam pelo menos 390 pessoas em 10 dias
Beirute, 11 fev (EFE).- Pelo menos 390 pessoas morreram nos dez últimos dias na Síria em mil bombardeios da aviação do regime de Bashar Al Assad, informou nesta quarta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Aviões e helicópteros militares lançaram 1.009 ataques contra distintas zonas de 12 das 14 províncias do país. As duas províncias onde não houve bombardeios foram Tartus (oeste) e Sueida (sul), ambas fortificações governistas.
Pelo menos 472 ataques foram realizados com aviões e 537 com helicópteros, que lançaram barris de explosivos.
Das vítimas, pelo menos 270 eram civis, entre as quais havia 49 menores de idade e 48 mulheres. O resto eram combatentes de diferentes grupos, entre eles a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, e o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
A área mais afetada pelos bombardeios foi a região de Ghouta Oriental, reduto opositor dos arredores de Damasco, onde foram registrados 146 falecimentos e 1,2 mil pessoas ficaram feridas nas localidades de Duma, Kafr Batna, Ain Tarma e Sabqa.
Em entrevista à rede de televisão britânica “BBC”, divulgada ontem, Assad negou que o Exército use barris de explosivos de forma indiscriminada.
“Temos bombas, mísseis e balas. Não há bombas de barril, não temos (bombas) de barril”, insistiu Assad.
Há pouco mais de um ano, o Conselho de Segurança adotou uma resolução na qual pedia a todas as partes a “cessação imediata dos ataques contra civis”, dos bombardeios indiscriminados de zonas povoadas e “do uso de barris de explosivos”.
Em seu comunicado de hoje, o Observatório reiterou sua chamada para que os responsáveis deste tipo de ataques sejam levados perante o Tribunal Penal Internacional.
Mais de 200 mil pessoas morreram desde o início do conflito no território sírio em março de 2011, segundo a ONU. EFE
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