Bombardeios em Sana matam pelo menos oito civis e deixam 10 feridos

  • Por Agencia EFE
  • 02/07/2015 16h03
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Sana, 2 jul (EFE).- Pelo menos oito civis morreram, entre eles dois menores de idade e várias mulheres, e 10 ficaram feridos nesta quinta-feira em bombardeios da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra bairros residenciais em Sana, informou a agência iemenita de notícias “Saba”.

A agência, controlada pelos rebeldes xiitas houthis, citou uma fonte da Prefeitura de Sana, que assegurou que um dos bombardeios foi lançado contra o bairro de Al-Nahda, o que causou a morte do pai e dois filhos da mesma família, assim como deixou outras pessoas feridas, que estavam em estado grave.

O ataque também causou a destruição de várias casas, acrescentou a agência, que disse que os mortos são o guarda da residência, seu filho e sua filha.

Essa casa está ao lado da do chefe da Inteligência iemenita, Ali al-Hassan al Ahmadi, que fugiu com o presidente do país, Abdo Rabbo Mansour Hadi, à Arábia Saudita.

A “Saba” afirmou que, após a fuga de Al Ahmadi, os houthis utilizaram sua residência como uma de suas bases na capital.

A fonte acrescentou que outra ofensiva aérea foi lançada contra algumas casas no bairro de Al Amrani, no oeste da cidade, o que causou a morte de cinco membros de uma mesma família, além de deixar outras sete pessoas feridas e causar danos materiais.

O terceiro bombardeio foi lançado contra a anterior sede da companhia governamental de telecomunicações, que estava sendo usada pelos houthis como estoque de armas e gasolina, na zona de Dala Hamdani, ao oeste de Sana.

O Iêmen está imerso em um profundo conflito político, agravado desde que Hadi se retratou no mês passado desde Áden de sua anterior renúncia e anunciou que continuava sendo o presidente legítimo do país, em oposição ao ditado pelo grupo xiita.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardeia desde março posições dos rebeldes houthis, que controlam a capital do Iêmen, Sana, e vastas zonas do país, para evitar entre outras coisas que tomem o domínio de Áden, a principal cidade do sul e reduto das forças leais ao presidente Hadi. EFE

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