Brasil confirma que chanceleres de Unasul não viajarão hoje para Caracas

  • Por Agencia EFE
  • 15/05/2014 14h17

Brasíllia, 15 mai (EFE).- A Chancelaria brasileira informou que a reunião para dar seguimento ao diálogo entre o governo e a oposição venezuelana que ia ser realizada nesta quinta-feira em Caracas acontecerá em uma data que será definida “em breve”.

O chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, que com seus colegas do Equador e Colômbia representa a Unasul nesse diálogo, “foi convocado pela presidente Dilma Rousseff para permanecer hoje em Brasília”, explicaram à Agência Efe fontes oficiais.

Sobre a reunião do grupo de diálogo que a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) esperava para hoje em Caracas, as fontes só explicaram que “uma nova data será definida oportunamente”.

Em Bogotá, fontes da Chancelaria colombiana também disseram à Efe que a ministra María Ángela Holguín não viajou para Caracas.

O diálogo entre o governo e a oposição venezuelana começou em 10 de abril, com a União de Nações Sul-americanas (Unasul) e o Vaticano como “terceiros de boa fé”.

A MUD, no entanto, considerou esta semana que o diálogo está “em crise” pela falta de respostas por parte do Governo e anunciou que não participará de novas reuniões até que se produza um “gesto” por parte do governo que preside Nicolás Maduro.

O secretário adjunto da MUD, Ramón José Medina, disse que não havia nenhuma confirmação oficial sobre a reunião desta quinta-feira e que a oposição esperava pela missão da Unasul para tentar destravar o diálogo.

“Se nós não podemos reunir-nos com os chanceleres por alguma razão, não teremos mais que seguir adiante com as atividades correspondentes da Mesa (MUD)”, disse Medina.

Apesar do processo de diálogo se iniciou há mais de um mês com o compromisso de encontros semanais, as reuniões já foram adiadas em duas ocasiões, sem que até agora se tenha alcançado nenhum tipo de acordo ou consenso entre o governo e a MUD.

A intermediação da Unasul se deu por causa da situação gerada na Venezuela pela intensa onda de protestos que vive esse país desde o passado o 12 de fevereiro, que até o momento deixou 42 mortos e mais de 800 feridos, segundo dados oficiais. EFE

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