Brasil e Argentina seguem sem acordo para reativar comércio bilateral

  • Por Agencia EFE
  • 29/04/2014 20h38
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Brasília, 29 abr (EFE).- Ministros de Brasil e Argentina se reuniram nesta terça-feira em Brasília para negociar a renovação de um acordo automotivo e discutir fórmulas para reativar o comércio bilateral, mas não alcançaram consensos e decidiram continuar as discussões na próxima semana.

“Foi uma dia de muita argumentação e se concluiu que é necessário prosseguir as negociações, a fim de avançar rumo a uma maior integração”, declarou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, que participou do encontro.

Pelo lado argentino, participaram os ministros de Indústria, Débora Giorgi, e Economia, Axel Kicillof, enquanto o Brasil esteve representado pelas titulares de Fazenda, Guido Mantega, e Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, acompanhados por um grupo de empresários.

Nenhum dos ministros conversou com os jornalistas após a reunião e Moan só acrescentou que foi decidido continuar com as negociações na próxima semana, em um encontro que seria realizado em Buenos Aires.

A Argentina tem um especial interesse na renovação do acordo automotivo entre os países, que vence no próximo dia 30 de junho.

O governo de Cristina Kirchner propôs avançar rumo a uma maior integração da produção de peças automobilísticas e supervisionar os mecanismos de financiamento no mercado local.

A produção de automóveis na Argentina desabou 28,4% em 2013, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) e o setor é considerado fundamental para a recuperação da economia do país.

Nesta segunda-feira, Mantega disse que o Brasil estuda alguns mecanismos para ajudar os fabricantes de automóveis, mas não ofereceu detalhes a respeito.

“Estamos negociando com a Argentina a liberação de obstáculos para a exportação de automóveis e tornando viável o financiamento, que será privado, com algumas condições”, declarou Mantega.

O ministro também confirmou que o governo manterá os estímulos à indústria automotiva, pois é um dos setores que mais contribui com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a geração de emprego.

Segundo a Anfavea, no primeiro trimestre deste ano as exportações de veículos brasileiros para a Argentina caíram 32%, devido a obstáculos impostos por esse país aos importadores. EFE

ed/rsd

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