Brasil ganha mais moderno laboratório de pedras preciosas da América do Sul

  • Por Agencia EFE
  • 19/08/2014 21h02
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Rio de Janeiro, 19 ago (EFE).- O Laboratório de Pesquisas Gemológicas (Lapege), considerado o mais moderno da América do Sul, foi inaugurado nesta terça-feira no Rio de Janeiro com o objetivo de “melhorar o desenvolvimento do setor brasileiro da joalheria, as gemas e a bijuteria”, de acordo com o pesquisador responsável, Jürgen Schnellrath.

O laboratório, que fica no Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, na Ilha do Fundão, é equipado com material de ponta para averiguar a verdadeira origem das pedras preciosas e evitar as imitações sintéticas, muito comuns no mercado, explicou Schnellrath na cerimônia de inauguração. Um dos aparelhos que mais chama atenção no local é um espectrofotómetro capaz de medir e comparar a quantidade de luz absorvida por uma determinada pedra.

“A nossa competência aqui é mais voltada para a parte de identificação e caracterização de pedras preciosas, mas também metais preciosos”, explicou Schnellrath em entrevista à “Agência Brasil”.

Conforme explicou, existem diamantes coloridos que podem chegar a valer US$ 1 milhão o quilate e que, em algumas ocasiões, a cor é criada artificialmente para sua falsificação, algo que com o equipamento é possível identificar.

“Daí, o Cetem ter investido nas técnicas mais avançadas, para poder resolver problemas que até hoje não tinham solução”.

Entre os objetivos do Lapege está estabelecer um acordo de colaboração com o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) o transformando no encarregado da emissão dos certificados de autenticidade das joias e pedras preciosas.

Segundo o IBGM, o setor brasileiro de gemas e joias gera 350 mil empregos diretos no país, e em 2012 registrou um faturamento de R$ 7,5 bilhões. Quase toda a cadeia produtiva (96%) é formada de micro e pequenas empresas.

“O Brasil foi o maior produtor mundial de diamantes, durante 150 anos, desde o início da época colonial até 1866, quando foram descobertos diamantes na África do Sul”, afirmou Schnellrath. EFE

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