Britânica que promoveu terrorismo no Facebook é condenada a cinco anos

  • Por Agencia EFE
  • 11/12/2014 18h09

Londres, 11 dez (EFE).- Um tribunal britânico condenou nesta quinta-feira uma britânica de 35 anos a cinco anos e três meses de prisão por promover o terrorismo no Facebook.

Runa Khan, que mora em Luton, no norte de Londres, publicou textos em que encorajava as mulheres muçulmanas a convencerem seus maridos a se unirem a grupos jihadistas e divulgou fotografias de coletes carregados de explosivos para cometer atentados suicidas.

Ao ser detida, a polícia encontrou no telefone celular de Khan imagens de seu filho de dois anos com um fuzil de plástico, e fotografias dela e outro de seus seis filhos com uma espada.

A mulher expressou seu desejo nas redes sociais de que seu filho de oito anos seja jihadista quando crescer e elogiou artigos que detalham como doutrinar as crianças com ideias extremistas.

Antes de ser detida, um policial disfarçado entrou em contato com Khan, que soube detalhar uma rota para entrar na Síria sem ser detectada para quem for se aliar a grupos jihadistas.

Na sentença o juiz do caso afirmou que a “única interpretação justa” do material apresentado pela polícia é que Khan tentava radicalizar outras pessoas.

O Reino Unido elevou em agosto seu alerta terrorista diante do crescimento de grupos extremistas na Síria e no Iraque, e em novembro a ministra do Interior, Theresa May, apresentou um projeto de lei para impedir temporariamente o retorno ao país de supostos jihadistas que tenham viajado para zonas em conflito para se unirem a esses grupos.

Nos últimos meses se multiplicaram no Reino Unido as detenções de suspeitos de terem feito parte de grupos jihadistas como o Estado Islâmico, e até agora foram ditadas quatro sentenças de prisão a quatro pessoas por colaborarem com organizações terroristas na Síria. EFE

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