Britânico contaminado pelo ebola em Serra Leoa recebe alta médica

  • Por Agencia EFE
  • 03/09/2014 10h26

Londres, 3 set (EFE).- William Pooley, um britânico que contraiu o vírus do ebola enquanto trabalhava como voluntário em Serra Leoa, recebeu alta nesta quarta-feira após ter se “recuperado completamente”, segundo fontes hospitalares.

Em declarações aos meios de comunicação, Pooley, de 29 anos, agradeceu ao tratamento recebido no Royal Free Hospital de Londres e se considerou sortudo por ter sobrevivido à infecção, que causou a morte de metade dos cerca de três mil afetados na África.

Pooley recebeu o fármaco experimental ZMapp em uma unidade isolada desse hospital londrino, que agora será descontaminada com um processo químico.

“Tive sorte de diversas maneiras: primeiro, na qualidade do cuidado que recebi, que é um mundo à parte do que o que as pessoas na África Ocidental estão recebendo”, declarou.

“Meus sintomas nunca progrediram até os piores estágios da doença; presenciei mortes horríveis. Eu tive sintomas desagradáveis, mas nada comparado com os piores”, disse.

Pooley trabalhava como enfermeiro voluntário em Serra Leoa quando foi diagnosticado com ebola, que começou na Guiné e se estendeu por outros países.

O britânico foi repatriado em agosto em um avião militar e recebeu tratamento no Reino Unido.

O especialista em doenças infecciosas do hospital Royal Free, Michael Jacobs, assegurou nesta quarta que Pooley “não é infeccioso para ninguém, pois o vírus foi eliminado de seu corpo, e não representa um risco”.

Desde que surgiu em março em Guiné, o surto matou nesse país, na Libéria, Serra Leoa e Nigéria, pelo menos 1.427 pessoas, segundo números da Organização Mundial da Saúde.

O ebola, que é transmitido por contato com o sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%. EFE

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