Capacidade de Marina transferir votos a Aécio só será observado nas pesquisas
Filho de Eduardo Campos
Filho de Eduardo CamposApoio de Marina Silva a Aécio Neves é o fato político mais importante da semana. Ainda é difícil avaliar quantos eleitores Aécio leva com a decisão da ex-ministra do Meio Ambiente.
Mas o fato é que o tucano tem montada a maior rede de apoios eleitorais até agora.
O que vai ser relevante no poder e na política nessa semana?
A 13 dias do segundo turno, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) viajam pelo Brasil e fazem três debates pela segunda etapa da eleição presidencial. Na quinta-feira, a Jovem Pan transmite o confronto de Dilma e Aécio, ao lado de Uol e SBT.
Na terça, Dilma senta com Guido Mantega para fazer um “pacote de bondade” aos empresários, unificando o PIS e o Cofins. Nas viagens, Dilma prioriza Minas Gerais e leva junto Lula.
Já Aécio viaja para o Paraná nesta segunda e, em seguida, visita São Paulo, Bahia e Paraíba.
O Ibope deve divulgar nova pesquisa presidencial na quarta-feira.
Outro fato importante é que o PSB deve substituir a presidência do partido, de Roberto Amaral para Carlos Siqueira, de Pernambuco.
Quais as consequências do apoio de Marina Silva a Aécio Neves?
Aécio não será prejudicado. Marina Silva tem um eleitorado cativo, um patrimônio eleitoral muito grande.
Não se sabe, entretanto, a capacidade da líder da Rede de distribuir votos a Aécio. Isso só poderá ser observado nas próximas pesquisas eleitorais.
Não deixa de ser, porém, um fato muito importante, que deve ter um impacto positivo na campanha de Aécio. O PT, é claro, tenta desdenhar do apoio de Marina.
O apoio da família de Eduardo Campos a Aécio em Pernambuco é suficiente para reverter sua posição no estado nordestino?
O apoio é muito simbólico e emblemático.
Paulo Câmara, do PSB, largou de 10% para a vitória no primeiro turno após a morte de Eduardo e o apoio de seus familiares.
O Nordeste é considerado um bloco monolítico pró-PT. A estratégia do Partido dos Trabalhadores é fortalecer sua votação na região, para compensar a rejeição que tem Dilma no Sul e no Sudeste.
O caso de Pernambuco é grave para o PT. Essa talvez seja até a melhor notícia para Aécio Neves nos últimos dias.
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