Capacidade de Marina transferir votos a Aécio só será observado nas pesquisas

  • Por Jovem Pan - Brasília
  • 13/10/2014 15h30
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Filho de Eduardo Campos EFE Filho de Eduardo Campos

Apoio de Marina Silva a Aécio Neves é o fato político mais importante da semana. Ainda é difícil avaliar quantos eleitores Aécio leva com a decisão da ex-ministra do Meio Ambiente.

Mas o fato é que o tucano tem montada a maior rede de apoios eleitorais até agora.

O que vai ser relevante no poder e na política nessa semana?

A 13 dias do segundo turno, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) viajam pelo Brasil e fazem três debates pela segunda etapa da eleição presidencial. Na quinta-feira, a Jovem Pan transmite o confronto de Dilma e Aécio, ao lado de Uol e SBT.

Na terça, Dilma senta com Guido Mantega para fazer um “pacote de bondade” aos empresários, unificando o PIS e o Cofins. Nas viagens, Dilma prioriza Minas Gerais e leva junto Lula.

Já Aécio viaja para o Paraná nesta segunda e, em seguida, visita São Paulo, Bahia e Paraíba.

O Ibope deve divulgar nova pesquisa presidencial na quarta-feira.

Outro fato importante é que o PSB deve substituir a presidência do partido, de Roberto Amaral para Carlos Siqueira, de Pernambuco.

Quais as consequências do apoio de Marina Silva a Aécio Neves?

Aécio não será prejudicado. Marina Silva tem um eleitorado cativo, um patrimônio eleitoral muito grande.

Não se sabe, entretanto, a capacidade da líder da Rede de distribuir votos a Aécio. Isso só poderá ser observado nas próximas pesquisas eleitorais.

Não deixa de ser, porém, um fato muito importante, que deve ter um impacto positivo na campanha de Aécio. O PT, é claro, tenta desdenhar do apoio de Marina.

O apoio da família de Eduardo Campos a Aécio em Pernambuco é suficiente para reverter sua posição no estado nordestino?

O apoio é muito simbólico e emblemático.

Paulo Câmara, do PSB, largou de 10% para a vitória no primeiro turno após a morte de Eduardo e o apoio de seus familiares.

O Nordeste é considerado um bloco monolítico pró-PT. A estratégia do Partido dos Trabalhadores é fortalecer sua votação na região, para compensar a rejeição que tem Dilma no Sul e no Sudeste.

O caso de Pernambuco é grave para o PT. Essa talvez seja até a melhor notícia para Aécio Neves nos últimos dias.

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