Bolsonaro fica em sua zona de conforto durante entrevista ao Roda Viva
A entrevista de Jair Bolsonaro ao Roda Viva, desta segunda-feira (30) à noite, não poderia ter sido melhor para o candidato. Não que ele tenha sido brilhante.
A verdade é que nem precisou se esforçar. Afinal, o conjunto de perguntas foi dirigido para a zona de conforto do deputado. Questões sobre ditadura militar e o passado de Bolsonaro no Exército tomaram boa parte do tema. A pauta de seus sonhos.
Se há terreno em que Bolsonaro se sente à vontade, muito já testado, é o de passagens polêmicas de sua biografia. Se quisesse ser mesmo hostil ao candidato, a entrevista deveria ter investido num só tema: economia.
Forçar o homem a chamar o posto Ipiranga a cada resposta. Mas de economia pouco se falou. Ao fim, Bolsonaro se saiu bem, independentemente do que tenha respondido, graças ao tom belicoso de muitas indagações e de certo ar de superioridade de alguns dos entrevistadores.
Não terão sido poucos os espectadores que simpatizaram com um entrevistado que perceberam sob ataque. Desde cedo, tudo indicava que seria um jogo de ganha-ganha para o candidato. Mas foi de ganha-ganha-ganha-ganha.
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