Carlos Andreazza: Palavra de delator só serve como ponto de partida para investigação
A futura ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina, aparece em documentos entregues pelos executivos da JBS. São anexos complementares à delação premiada. A coisa é menos grave, mas faz lembrar o episódio que expôs Onyx Lorenzoni na semana passada.
A futura ministra foi secretária de Agricultura no MS entre 2007 e 2014, neste período, em 2013, concedeu incentivos fiscais à JBS e arrendava terras de sua família para o grupo. Em 2014, ela recebeu doação eleitoral do grupo: R$ 103 mil declarados e perfeitamente legais. Esse conjunto prova algo? Há algo ilegal? Conceder incentivos fiscais e arrendar terras não é crime.
Palavra de delator só serve como ponto de partida para investigação. É frágil apontar concessão de incentivos fiscais como prova de contrapartida pela propina supostamente recebida.
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