Enquanto estava à frente do TSE, Fux só jogou para a galera

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2018 09h47
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José Cruz/Agência Brasil Sua ação mais famosa é portanto também a impossível: comprometeu o tribunal na luta contra as tais fake news

Luiz Fux despediu-se nesta segunda-feira (13) da presidência do Tribunal Superior Eleitoral. Ao longo do período em que esteve à frente do TSE, só produziu factoides; só jogou pra galera. Uma gestão plena em voluntarismo e assessoria de imprensa.

Sua ação mais famosa é portanto também a impossível: comprometeu o tribunal na luta contra as tais fake news. Por causa disso, ganhou dezenas de manchetes. Ninguém vai cobrar-lhe os resultados.

Fux, aliás, no Supremo Tribunal Federal, foi relator apaixonado de uma ação marqueteira cujas implicações eleitorais ainda longamente pagaremos: a implosão do financiamento empresarial de campanhas, bomba que limpou o terreno para o financiamento público de campanha e para a participação, que ele certamente julga cívica, de pessoas físicas na doação a candidatos – o verdadeiro paraíso, agora sim, do caixa 2, convite ao crime organizado e a toda gente que tem dinheiro vivo na mão.

Consequências em que quem joga pra galera jamais pensa. Um dos problemas do Brasil pode até ser a existência de juízes como Gilmar Mendes. Só não se esqueça, ouvinte, dos Fux e Barrosos. Estão em muito maior número, têm grife e audiência.

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