Seleção chega badalada, mas estreia com empate
Peço licença a meu amigo Wanderley Nogueira e sua equipe para falar de futebol. Copa do Mundo também é política. Um time pode se comportar bem antes de a disputa começar, mas o jogo só é à vera quando a campanha começa. Isso serve tanto para o mundial quanto para eleições. Que os candidatos ao título não se iludam.
A seleção brasileira, por exemplo, chegou badaladinha a essa Copa. Na estreia, porém, empatou. No mundo real, que é só o que importa, não jogou bem. Nem nos tais vinte minutos iniciais. Não jogou bem nem por um minuto. É preciso reconhecer. Há pedagogia nesse reconhecimento. Há pedagogia e maturidade também em dois outros reconhecimentos.
Primeiro: não houve falta sobre o zagueiro Miranda no gol da Suíça. O erro de posicionamento da defesa brasileira nesse lance foi infantil, daí o tento adversário. Ficar de mimimi – em vez de assumir a falha – é investimento seguro no fracasso. Alguém que quer vencer não pode se desconcentrar. A luta só acaba quando termina. Vide Cristiano Ronaldo.
Segundo: não houve pênalti em Gabriel Jesus, e é até constrangedor ver o modo desproporcional como o atacante se joga ao chão se comparado à disputa pela bola na jogada. Uma presepada.
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