Caso de aeroporto em MG pode perseguir Aécio Neves durante campanha

Fernando Rodrigues, comentarista político Jovem Pan direto de Brasília, fala sobre a remota possibilidade de aliança entre Dilma e Skaf, além do imbróglio que envolveu o nome de Aécio Neves a um aeroporto em terreno que foi de sua família em Minas Gerais. Entenda abaixo.

Eleições e alianças

Dilma vai tentar se aproximar da campanha de Paulo Skaf, cadidato ao governo de São Paulo. É uma aproximação muito improvável, difícil de se consolidar, avalia Fernando Rodrigues.

Skaf ficou escanteado pelo PT nos últimos meses. Em junho, quando os candidatos de todos os partidos foram lançados, Dilma disse que o candidato que traria a renovação para São Paulo era o petista Alexandre Padilha.

Entretanto, Padilha está empacado muito embaixo nas pesquisas de opinião, enquanto Skaf está isolado na segunda posição e parece ter uma chance real de enfrentar o líder Geraldo Alckmin.

Parte do PMDB de São Paulo não quer nem pensar nessa hipótese de aliança entre Dilma e Skaf.

Isso porque em São Paulo a rejeição à petista é de 47%. Na capital, 49% não querem votar em Dilma de jeito nenhum. Haveria um risco grande de Skaf sair prejudicado da conjunção, o que dificulta que ela ocorra.

Decolando pelas beiradas

Um caso envolve o nome do candidato do PSDB à Presidência e deve acompanhá-lo durante toda a campanha. É sobre um aerodromo construído no pequeno município de Claudio, interior de Minas, em terreno que foi de parentes de Neves desapropriado pelo governo estadual quando Aécio era o governador.

O fato é que o aeroporto vem sendo usado há alguns anos mesmo sem ter recebido autorização formal e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) resolveu investigar apenas agora.

Parece haver muita confusão entre os políticos do que é público e do que é privado, diz Fernando Rodrigues.

Por que o governo de Minas Gerais teve de gastar R$14 milhões numa obra na cidade mineira que tem cerca de 30 mil habitantes, sendo que a cerca de 50 km dali existe um outro aeroporto?

Certamente nos EUA isso seria considerado um caso gravíssimo. Talvez Aécio Neves devesse dar mais explicações mais contundentes.

Como estamos no Brasil, a chance de inviabilizar a campanha de Aécio é quase mínima, mas o caso vai perseguir o candidato tucano