CCG espera que pacto nuclear dissipe temores sobre o Irã e traga estabilidade
Riad, 15 jul (EFE).- Os países do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCG) expressaram nesta quarta-feira sua esperança de que o acordo nuclear alcançado entre Irã e o Grupo 5+1 dissipe os temores em relação ao regime iraniano e preserve a segurança e estabilidade na região.
O secretário-geral do CCG, Abdel Latif al Ziani, citado pela agência saudita “SPA”, disse que os ministros de Relações Exteriores do organismo receberam ontem à noite uma ligação telefônica do secretário de Estado americano, John Kerry, para explicar-lhes os detalhes do pacto.
Zayani assinalou que os chefes da diplomacia do CCG – integrado por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Catar e Omã – transmitiram seu desejo de que o tratado evite uma corrida armamentista nuclear na região.
Por outra parte, Zayani revelou que Kerry reiterou o compromisso dos EUA com os resultados da cúpula que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou no último mês de maio com os chefes de Estado do CCG em Camp David.
Nessa reunião, EUA e os seis países do Golfo Pérsico alcançaram vários acordos para ampliar sua cooperação em segurança e defesa, com o compromisso de Obama que seu país apoiará essas nações perante qualquer “agressão” exterior e com o uso da força se for necessário.
Kerry também ressaltou em seu contato telefônico o desejo de seu país de continuar com a coordenação com os países do CCG para ajudar a desenvolver os interesses comuns e reforçar a segurança e estabilidade na região.
A Arábia Saudita expressou ontem seu apoio ao acordo, mas advertiu ao Irã que, se aproveitar o relaxamento das sanções para alimentar a instabilidade regional, haverá uma “reação firme”.
Os países com governos sunitas do Pérsico expressaram seus receios pelo acordo nuclear, porque temem que reforce a posição regional e internacional do Irã, ao qual acusam de apoiar grupos xiitas em seu território e de interferir em seus assuntos internos.
As partes também mantêm uma clara rivalidade pelo apoio a lados diferentes em conflitos como o da Síria e o do Iêmen, entre outros motivos. EFE
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