CE diz que “agora é o momento de os gregos escolherem seu futuro”
Bruxelas, 2 jul (EFE).- A Comissão Europeia (CE, órgão executivo da UE) considerou nesta quinta-feira que é o momento de os gregos escolherem seu futuro no referendo convocado para este domingo sobre as últimas ofertas de seus parceiros e credores.
“Não haverá mais conversas antes do referendo, agora vamos simplesmente esperar o resultado de domingo. Agora é o momento de os gregos escolherem seu futuro”, afirmou o porta-voz do órgão Margaritis Schinas na entrevista coletiva diária da instituição.
“O presidente (da CE, Jean-Claude) Juncker tem o povo grego em mente, ele apoia completamente sua determinação de ser parte da Europa e de continuar sendo parte da zona do euro”, acrescentou o porta-voz.
Perguntado pela ruptura das negociações, o porta-voz rejeitou “especular sobre como de perto estivéssemos (de fechar um acordo)”.
“Mas o presidente já deixou claro que estávamos muito perto, de fato, até que os negociadores gregos abandonaram o processo na noite da sexta-feira”, acrescentou.
Schinas disse também que as negociações não eram “apenas sobre dinheiro e metas fiscais, mas também sobre reformas, a capacidade de aplicar as reformas, e a disposição de trabalhar com os parceiros para conseguir um acordo”.
O porta-voz lembrou que o segundo resgate à Grécia expirou à meia-noite da terça-feira e assinalou que agora é preciso ver o que vai acontecer depois do referendo.
Ele disse que a CE não está “envolvida” em uma análise dos possíveis cenários que se abrem se os gregos optarem majoritariamente pelo “não”, mas a instituição está à espera de que estes “falem”.
Schinas rejeitou a afirmação de que a CE esteja “em campanha” e se recusou a “usar a sala de imprensa da Comissão para iniciar um diálogo com as autoridades gregas”, a modo de mensagens cruzadas entre Bruxelas e Atenas.
Além disso, ele se referiu ao discurso feito por Juncker na segunda-feira passada, no qual pediu aos gregos um voto afirmativo na consulta, o que segundo sua opinião equivalerá a dizer “que querem continuar na zona do euro e na família da UE”.
Um “não”, afirmou Juncker, “significaria que a Grécia diz não à Europa”. EFE
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