Centenas de pessoas assistem a enterro de judeu assassinado em Copenhague

  • Por Agencia EFE
  • 18/02/2015 13h48

Copenhague, 18 fev (EFE).- Centenas de pessoas, incluindo a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, compareceram nesta quarta-feira ao enterro de Dan Uzan, o jovem judeu assassinado perto da sinagoga de Copenhague em um dos atentados do último fim de semana.

Diversos agentes armados faziam hoje a segurança do cemitério judeu da zona sul da capital dinamarquesa, que não tinha lugares suficiente para todos os presentes, o que provocou que alguns tivessem que acompanhar a cerimônia no lado de fora.

Além de Thorning-Schmidt estavam presentes outros membros do governo dinamarquês e figuras políticas como Lars Lokke Rasmussen, líder do Partido Liberal, a maior força da oposição.

“Toda a Dinamarca está de luto, os judeus de todo o mundo estão”, disse o presidente da Sociedade Judaica da Dinamarca, Dan Rosenberg Asmussen, em cerimônia privada à qual não foi permitido o acesso da imprensa.

Tanto Asmussen como os rabinos que discursaram elogiaram Uzan, de 37 anos e que protegia, desarmado, a entrada da sinagoga, atrás da qual, no momento do ataque, acontecia um evento de bar mitzvah com a presença de cerca de 80 pessoas.

Omar Abdel Hamid El Hussein, um jovem de 22 nascido na Dinamarca e de origem palestina, abriu fogo no sábado contra um centro cultural no qual ocorria um debate que tinha entre os presentes o artista sueco Lars Vilks, ameaçado por islamitas. No tiroteio, um cineasta dinamarquês de 55 anos morreu e três agentes foram feridos.

Horas depois, ele matou Uzan com um tiro e feriu dois policiais que estavam de guarda na frente da sinagoga.

Hussein foi morto quatro horas mais tarde pela polícia perto da estação de Norrebro, no norte da cidade, após reagir com tiros à ordem de rendição.

O túmulo onde Uzan foi enterrado fica próximo ao monumento aos judeus dinamarqueses que foram enviados ao campo de concentração de Theresienstadt, montado pelos nazistas na Tchecoslováquia durante a Segunda Guerra Mundial. EFE

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