China admite que não pode acabar com corrupção, mas seguirá com investigações
Pequim, 25 out (EFE).- As autoridades chinesas reconheceram neste sábado que não podem erradicar completamente a corrupção, mas insistiram que continuarão com medidas de combate e afastamento dos funcionários “podres”.
Com essas declarações, o responsável de Disciplina do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Wang Qishan, destacou a vontade do governo de continuar lutando contra a corrupção, informou a agência estatal “Xinhua”.
Apesar dos esforços, Wang admitiu que o Partido ainda não é capaz de acabar completamente com esse tipo de ação, e, por isso, “pode ser difícil prevenir seu ressurgimento”.
Wang reconheceu que o PPCh enfrenta uma situação complicada devido à corrupção, mas insistiu que o organismo disciplinar combaterá essa prática como as árvores doentes tratadas, “arrancando as partes podres”.
Em uma reunião realizada hoje, o PCCh nomeou como “número dois” de seu Conselho Disciplinar o atual vice-ministro de Segurança Pública, Liu Jinguo. No entanto, não foram anunciadas medidas contra o ex-ministro da pasta, Zhou Yongkang.
Zhou, suspeito de corrupção e investigado desde julho, foi uma das figuras mais poderosas do governo do ex-presidente Hu Jintao.
Atualmente, uma decisão sobre sua possível expulsão do partido está pendente. Se ocorrer, Zhou seria o político de maior cargo até então a ser julgado por corrupção na China.
Com 71 anos, o ex-ministro se transformou na figura mais visada da campanha anticorrupção lançada pelo atual presidente, Xi Jinping. Com o slogan de combate a “tigres e moscas”, estão sendo investigados milhares de funcionários públicos e membros do PCCh, sejam eles do baixo ou do alto escalão. EFE
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