China afirma ter detido membros do Estado Islâmico no país

  • Por Agencia EFE
  • 10/03/2015 07h12
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Pequim, 10 mar (EFE).- Vários grupos de supostos terroristas que se uniram ao Estado Islâmico (EI) e retornaram à China foram detidos no país, assegurou nesta terça-feira o líder máximo da região autônoma chinesa de Xinjiang, Zhang Chunxian, em um discurso perante o Legislativo chinês.

Zhang, secretário do Partido Comunista da China nessa região, onde se registraram vários atentados que Pequim atribui a grupos jihadistas, afirmou durante o plenário anual da Assembleia Nacional Popular (ANP) que “há extremistas em Xinjiang que se uniram ao Estado Islâmico”.

“Xinjiang não pode desligar-se deste assunto, isto também nos afeta”, ressaltou o líder provincial, que não deu dados sobre o número ou a identidade dos detidos.

É a primeira vez que a China informa de detenções ligadas ao Estado Islâmico, embora em informações anteriores já tenha assinalado que alguns de seus cidadãos estavam tentando sair do país, especialmente através do sudeste asiático, para viajar ao Oriente Médio e unir-se às fileiras dessa organização terrorista.

Em dezembro do ano passado, o jornal governista chinês “Global Times” revelou que cerca de 300 cidadãos do país combatiam nas fileiras do Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, e no mês passado o mesmo jornal afirmou que a organização assassinou três deles, de etnia uigur, por tentar desertar do grupo jihadista.

Dezenas de pessoas morreram no ano passado em vários atentados em território chinês que Pequim ligou a movimentos jihadistas, embora até agora não os tenha relacionado diretamente à influência do Estado Islâmico.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, assegurou em sua entrevista coletiva anual, no domingo passado, que o terrorismo é um “praga da humanidade” contra a qual seu país luta lado a lado com a comunidade internacional, embora tenha ressaltado que também deve buscar-se o desenvolvimento econômico e o diálogo com os países que mais sofrem essa praga. EFE

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