China inaugura sua quarta estação de pesquisa na Antártida

  • Por Agencia EFE
  • 08/02/2014 06h02
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Pequim, 8 jan (EFE).- A China abriu sua quarta estação de pesquisa na Antártida, após quase dois meses de trabalhos de construção, anunciou neste sábado a Administração Estatal Oceânica do país.

A nova base, chamada Taishan (nome de uma das montanhas sagradas na China, na província oriental de Shandong), se encontra a uma altitude de 2.600 metros entre as estações chinesas de Zhongshan e Kunlun, que lhe darão apoio logístico.

Taishan poderá receber até 20 pessoas durante a época de verão no continente gelado e será utilizada todos os anos, entre os meses de dezembro e março, para estudar a geologia, as geleiras, a atmosfera e o magnetismo terrestre na Antártida.

A estação foi equipada com uma pista para o pouso de aviões, especialmente desenhada para a neve e o gelo.

A primeira expedição da China à Antártida foi realizada em 1985, pouco antes do estabelecimento de suas estações de investigação pesquisa. A primeira delas, a Grande Muralha, começou a operar um ano depois.

Segundo o previsto pelas autoridades chinesas, Taishan deverá funcionar por 15 anos.

A abertura da quarta estação antártica responde ao interesse chinês de aumentar sua presença no continente, assim como no Ártico, uma região rica em recursos naturais.

Como parte desta estratégia, o país asiático também pretende pôr em funcionamento um novo navio quebra-gelo, depois do incidente ocorrido com o único que tem em funcionamento, o Xue Long (“Dragão de Neve”) em janeiro, quando ficou preso na calota de gelo da Antártida após o resgate de 52 passageiros de um navio russo que também ficou encalhado no continente.

O novo navio quebra-gelo, que, segundo o previsto, começará suas operações ainda este ano, será menor que o Xue Long, mas terá melhores sistemas de alimentação, e estará dotado com placas de metal na proa e na popa que permitirão remover o gelo de até 1,5 metros de espessura.

Ao contrário do Xue Long, comprado na Ucrânia em 1993 e vendido à China um ano depois, a nova embarcação será fabricada e desenhada no país asiático, apesar da participação de outros países com mais experiência em navios quebra-gelo na elaboração do projeto. O navio será utilizado em trabalhos de pesquisa com laboratórios em seu interior, diferentemente do Xue Long, originalmente previsto para o transporte.

O Xue Long foi muito utilizado para coletar amostras de gelo em grande profundidade na chamada Cúpula A, a maior elevação do Polo Sul. EFE

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