Choques entre policiais e professores em Acapulco deixa pelo menos um morto
México, 25 fev (EFE).- Um homem morreu e mais de 100 professores foram detidos após os enfrentamentos ocorridos na noite de terça-feira com policiais no porto mexicano de Acapulco, informaram fontes sindicais.
Manuel Salvador Rosas, membro da Coordenadoria Estadual dos Trabalhadores da Educação de Guerrero (Ceteg), disse à “Rádio Fórmula” que a vítima fatal é o professor aposentado Claudio Castillo Peña, de 65 anos.
“Ele morreu às 4h local (8h, em Brasília) pelos golpes que recebeu”, disse Rosas, que acrescentou que Peña era um dos 112 professores “detidos que foram levados aos hospitais de Acapulco”, no sulista estado de Guerrero.
O subsecretário de Defesa Civil de Guerrero, Raúl Milliani, confirmou à mesma emissora a morte do professor aposentado, que -disse- foi levado de uma ambulância da corporação até um hospital com “traumatismo craniano”.
Após um bloqueio de várias horas da via em direção ao aeroporto de Acapulco por parte de integrantes da Ceteg e de um infrutífero diálogo com as autoridades, um grupo de manifestantes atingiu com um ônibus o cerco de agentes federais que fazia a segurança do acesso ao terminal aéreo.
Rosas assinalou que a Ceteg se exime “totalmente desse caminhão que chegou a atacar não só os membros da Polícia Federal, mas os companheiros que tentavam conter a público para que não caísse nas provocações”.
Os agentes responderam à agressão com o uso de bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, o que derivou em um enfrentamento no qual os professores utilizaram paus, canos e pedras.
A Secretaria de Governo (Interior) indicou ontem à noite em comunicado que nos incidentes ficaram feridos pelo menos sete policiais e cinco professores, e também disse que havia detidos, mas não precisou o número.
A manifestação, que começou por volta das 11h local (15h, em Brasília) em reivindicação do pagamento de salários atrasados e outras exigências, foi dispersada umas oito horas depois pela Polícia Federal.
A Ceteg realizou várias manifestações, algumas delas violentas, contra a reforma educativa promulgada em 2013, que eliminou privilégios dos agrupamentos gremiais na contratação, permanência e promoção do pessoal docente.
Além disso, a Ceteg se somou aos protestos pelo desaparecimento dos 43 estudantes da escola de magistério de Ayotzinapa nas mãos de policiais e membros do crime organizado, ocorrida em 26 de setembro de 2014 em Iguala (Guerrero). EFE
sp/ff
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