Coalizão árabe lança mais de 50 ataques aéreos contra os houthis no Iêmen
Sana, 8 mai (EFE).- A coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, lançou nesta sexta-feira mais de 50 bombardeios aéreos contra posições do movimento rebelde xiita dos houthis ao norte da capital do Iêmen, informaram à Agência Efe testemunhas.
Pelo menos 23 deles tiveram como alvo a zona montanhosa de Erram, na província setentrional de Saada, onde fica o maior centro dos houthis.
Um desses bombardeios alcançou o mausoléu do fundador do movimento rebelde xiita, Hussein Badrudin al houthi, irmão do atual líder dos houthis, Abdel Malek.
A cripta está localizada na cúpula mais alta dos montes de Erram, enquanto os demais ataques aéreos foram lançados contra centros de controle dos houthis, na montanha de Saqein e na área Bani Moaz, situadas no oeste da província de Saada, o principal reduto dos houthis.
Além disso, as fontes explicaram que a aviação de combate da coalizão árabe atacou o centro de comunicações (telefônicas) da cidade de Saada, capital da província homônima.
O principal quartel de treino militar dos houthis na zona de Haidan, próximo a Erram, também foi alcançado pelos mísseis da coalizão.
Por sua vez, a televisão Al Masira, dos milicianos xiitas, informou que pelo menos nove civis de uma mesma família, entre eles mulheres e crianças, perderam a vida por um ataque aéreo a uma casa na área de Baqil Al Merr, localizada na província de Hasha, vizinha à de Saada.
Estes ataques ocorrem um dia depois que a coalizão árabe anunciou o início de uma nova operação militar no Iêmen contra os responsáveis houthis que planificaram os ataques dos últimos três dias contra as províncias sauditas fronteiriças de Nashran e Yazan.
O porta-voz da coalizão árabe, Ahmed Asiri, disse que “a coalizão e as Forças Armadas sauditas dirigirão uma resposta dura desde este momento até que os que cometeram estes ataques paguem o preço pelo o que fizeram”.
O anúncio do porta-voz aconteceu ontem, horas depois que o rei saudita, Salman bin Abdelaziz, mostrou sua disposição a uma cessação das operações militares durante cinco dias para permitir a chegada de ajuda humanitária ao Iêmen.
Apesar de em 21 de abril a aliança ter anunciado o fim da campanha “Tempestade de Firmeza”, a aviação árabe continuou bombardeando certas zonas do país onde estão presentes os insurgentes houthis. EFE
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