Começa III Cúpula de Segurança Nuclear, com mais de 50 países

  • Por Agencia EFE
  • 24/03/2014 13h24

Haia, 24 mar (EFE).- A III Cúpula sobre Segurança Nuclear, organizada pela Holanda, começou nesta segunda-feira em Haia com a presença de 53 países que analisarão a forma de avançar na prevenção de ataques terroristas que possam utilizar material nuclear.

O primeiro-ministro da Holanda, o liberal Mark Rutte, deu as boas-vindas aos líderes internacionais, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os primeiros-ministros de Japão, Shinzo Abe; da Itália, Matteo Renzo; e da França, François Hollande, entre outros.

A cúpula foi aberta com um vídeo sobre os riscos dos materiais nucleares sem controle e um espetáculo de luz e dança na mesma sala de reunião dos líderes.

Em seu discurso de abertura como anfitrião, Rutte afirmou que os dois dias de trabalhos serão centrados em “como nos assegurar que o material nuclear não cai em mãos de terroristas e se armazena com mais segurança”.

“Sabemos que há terroristas sem escrúpulos dispostos” a usar esse tipo de armamento, acrescentou Rutte, ao tempo que ressaltou que “não fazer nada não é uma opção”.

O primeiro-ministro holandês lembrou que foi Obama que elevou essas reuniões internacionais ao mais alto nível para abordar a segurança dos materiais nucleares e afirmou que, desde a primeira edição organizada em Washington em 2010, se registraram progressos nesse âmbito em diferentes países do mundo.

Em qualquer caso, deixou claro que a segurança desses materiais “tem que ser uma preocupação permanente”.

“A tarefa que começamos há quatro anos não é fácil. Não há uma maneira mágica de livrar o mundo da ameaça. Mas iremos passo a passo”, afirmou o primeiro-ministro holandês.

Rutte pediu que se concentrem os esforços em evitar que o material nuclear “se torne algo útil para os terroristas” e em “armazená-lo com mais segurança”, em distribuir de maneira adequada as tarefas entre os reguladores e a indústria nuclear e em que os países se coordenem melhor em nível internacional.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu para “evitar que caiam nas mãos dos terroristas as armas mais devastadoras conhecidas pelo ser humano”.

Ban destacou, ainda, o papel da Interpol na hora de coordenar ações entre países para combater o tráfico ilegal desses materiais. EFE

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