Comissão do impeachment agitará semana em Brasília

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2016 10h12
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Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa ordinária. À mesa, senador Paulo Paim (PT/RS) Em discurso, senador José Medeiros (PPS-MT). Foto: Jefferson Rudy /Agência Senado Jefferson Rudy/Agência Senado Senado

O comentarista político Fernando Rodrigues destaca o que será relevante no poder e na política brasileira nesta semana. Nesta quarta-feira, a comissão especial do impeachment no Senado deve apresentar o parecer do relator Antonio Anastasia. Na sexta-feira, o parecer deve ser votado e tudo indica que o Governo vai perder.

Na próxima semana, no dia 12 de maio deve ser votado pelo plenário do Senado o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Enquanto isso um cenário melancólico no Palácio do Planalto.

Fernando Rodrigues comenta ainda o pacote de bondades anunciados pela presidente anunciado neste domingo (1). A presidente anunciou um reajuste médio de 9% no Bolsa Família, correção de 5% na tabela do Imposto de Renda, contratação de 25 mil unidades do Minha Casa Minha Vida (1,2% dos 2 milhões de casas prometidas), ampliação de 5 para 20 dias da licença paternidade dos funcionários públicos, criação de um Conselho Nacional do Trabalho formado por governo, empregados e patrões, e a liberação do Plano Safra para a agricultura familiar.

Nesta semana, Dilma ainda deve anunciar R$ 30 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar.

Enquanto isso, o vice-presidente Michel Temer deve passar a semana em Brasília articulando nomes para a sua futura equipe. O PMDB pode apresentar nesta segunda-feira (02) o documento Travessia Social, que vai detalhar tudo o que será feito nesta área pelo eventual presidente Temer, caso o impeachment seja aprovado.

Questionado se o presidente do Senado, Renan Calheiros, vai acelerar o processo de impeachment da presidente Dilma, Rodrigues destacou que isso não é um fato consumado. “O presidente do Senado ainda continua como uma esfinge e se equilibrando entre os dois pólos de poder, um que vai acabando de Dilma Rousseff e o que vai começando, que é o de Michel Temer”, diz.

Calheiros está preocupado em não produzir nenhum fato que no início possa representar uma aceleração do processo, mas que mais adiante resulte em uma ação judicial.

*Ouça mais detalhes do comentário no áudio acima

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