As consequências do maior número de partidos da Câmara da história

  • Por Jovem Pan - Brasília
  • 08/10/2014 07h29
Rodolfo Stuckert/Divulgação Congresso Nacional Brasileiro

A Câmara dos Deputados terá 28 partidos ano que vem. Tudo vai ficar mais lento, mais custoso e mais difícil.

É um retrocesso do ponto de vista organizacional ou funcional. Agora, há um efeito colateral, que é a lei que diz que todo partido que elege ao menos um deputado tem direito a mais dinheiro, mais espaço nas mídias em anos eleitorais. Se esse partido com apenas um deputado quiser ter um candidato a presidente, ele tem direito a aparecer em todos os debates televisivos ou no rádio no primeiro turno.

No limite, é claro que isso não vai acontecer, mas haveria até 28 candidatos ao cargo máximo do País, um despautério, um absurdo, algo que não serve em nada aos eleitores e à democracia brasileira.

O barril está aceso e pode explodir em 2018.

Outro assunto abordado foi a latente questão do apoio de Marina Silva a um dos candidatos do segundo turno, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Muito provável que haverá apoios fracionados desse grupo em torno de Marina Silva, sobretudo o PSB. É difícil que esse grupo siga unido.

Dentro do Partido Socialista Brasileiro, há uma ala muito grande que defende a volta da sigla ao ninho petista, dentro da qual está o presidente do partido, Roberto Amaral.

Outro setor acredita no discurso da nova política e considera um apoio a Aécio Neves.

Aécio Neves e o PSDB, apesar de não representarem o que se considera a nova política na visão de Marina e parte do PSB, essa deve ser a escolha deles.

Ouça o comentário completo de Fernando Rodrigues no áudio acima.

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