Cristina Kirchner é citada de envolvimento em nova denúncia de acobertamento

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 20h11

Buenos Aires, 21 jan (EFE).- Um promotor citou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em uma nova denúncia, desta vez de acobertar o empresário argentino Lázaro Báez, próximo de Néstor Kirchner e acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, informou nesta quarta-feira a promotoria à imprensa local.

A denúncia foi apresentada ontem pelo promotor federal Germán Moldes e alcança também o titular do Fisco argentino, Ricardo Echegaray.

Segundo a ação de Moldes, existe uma “mega manobra de acobertamento tanto do poder político como do empresário”, para evitar que as ações de lavagem de dinheiro e evasão fiscal que Báez enfrenta cheguem até Cristina, viúva do ex-presidente.

“Evidentemente, alguém com grande poder de decisão deve dividir as ordens (tão zelosamente obedecidas) para que estes eventos se repitam alegremente e a cobertura protetora de Báez e seu conglomerado não se quebre”, apontou Moldes no texto da denúncia, divulgado pelo jornal “La Nación”.

Para comprovar suas acusações, Moldes analisou os expedientes de outra ação que investiga irregularidades na empresa Hotesur (encarregada da gestão do luxuoso hotel Alto Calafate, na província de Santa Cruz), da qual Cristina é acionista.

Essa denúncia, apresentada por uma deputada opositora, sustenta que o estabelecimento poderia ser um negócio “fantasma” usado então pelo casal Kirchner para fazer transações irregulares junto com o empresário Lázaro Baez.

Moldes também revisou duas causas sobre faturas falsas que supostamente usaram as empresas de Báez e o caso por lavagem de dinheiro contra o empresário.

Após analisar os processos, Moldes advertiu em sua denúncia que existe “protocolo por parte da administração para proteger o senhor Báez e, por sua vez, à senhora presidente”.

É a segunda acusação de acobertamento que atinge Cristina em menos de uma semana, após a do promotor Alberto Nisman, que apareceu morto na segunda-feira com um tiro na cabeça. Ele havia denunciado a presidenta semana passada de encobrir terroristas iranianos envolvidos no atentado ao centro judaico Amia em 1994. EFE

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