Delegação do Irã parte para Suíça para retomar negociações nucleares com G5+1
Teerã, 15 mar (EFE).- A delegação do Irã, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, partiu neste domingo de Teerã rumo a Lausanne, na Suíça, para a retomada das negociações com o Grupo dos 5+1 para o desenvolvimento pacífico do programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções que pesam sobre o país.
Zarif viajou acompanhado pelo diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, Ali Salehi e os vice-ministros das Relações Exteriores Sayed Arajchi e Majid Ravanchi.
Uma vez na Suíça, a delegação iraniana se reunirá com os enviados americanos, que estarão liderados pelo secretário de Estado John Kerry em um encontro bilateral prévio à negociação com o Grupo 5+1, composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia), mais a Alemanha.
A agência de notícias iraniana informou que Zarif se reunirá na segunda-feira em Bruxelas com a Alta Representante da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, e os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, França e Reino Unido.
As negociações entre Irã e o G 5+1 começaram em novembro de 2013 com o objetivo de garantir o fim pacífico do projeto e das atividades nucleares iranianas em troca das suspensão das sanções internacionais que o país enfrenta.
Na semana passada, após uma nova rodada de negociações também na Suíça, ambas as partes reconheceram avanços nas conversas e ressaltaram que estão próximos de chegar a um acordo.
Kerry afirmou ontem à noite em entrevista divulgada pela emissora americana “CBS” que esperava chegar a um acordo com o Irã “nos próximos dias caso o país demonstrasse que seu programa nuclear é pacífico”.
“Vamos conseguir que aconteça. Minha esperança é que nos próximos dias será possível” assinar um acordo, comentou o secretário de Estado.
Ambas partes estabeleceram dia 31 de março como data limite para a assinatura de um acordo marco sobre o controvertido programa nuclear da República Islâmica que permita avançar rumo a um compromisso definitivo antes de 30 de junho. EFE
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