Denise: Emprego segue em recuperação, mas informalidade cresce forte
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (31), os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que mede as taxas de desemprego no país. Segundo a pesquisa, 11,8% da população continuou desocupada no trimestre encerrado em setembro, mesmo patamar registrado em agosto.
Em relação ao trimestre encerrado em junho, porém, quando estava em 12%, houve uma redução de 0,2 ponto percentual no desemprego, apontando leve recuperação. O relatório de hoje também mostra outros sinais de queda: a subutilização e o número de desalentados, apesar de ainda elevados, diminuíram em 0,8 ponto percentual e 3,6%, respectivamente.
O emprego com carteira assinada também vem se recuperando constantemente: de acordo com dados do Caged de setembro, 157 mil vagas foram criadas no mês, o melhor número desde 2012.
Mesmo assim, o IBGE ainda aponta instabilidade do mercado de trabalho. Isso porque ainda são 33,1 milhões de pessoas na informalidade, ou seja, trabalhadores sem carteira assinada e/ou por conta própria, que estão em níveis recordes no Brasil. Enquanto número de trabalhadores por conta própria ficou em 24%, uma alta de 1,2% em relação ao mesmo período de 2018, a quantidade de pessoas sem carteira assinada é de 11,8 milhões, 2,9% a mais do que no ano passado.
Se observarmos a Pnad do mesmo trimestre do ano passado, no entanto, vemos a geração de 1,5 milhão de vagas. A expectativa é que, quando a economia engatar em um crescimento mais rigoroso, haja maior aparição de empregos, principalmente no setor industrial, que ainda vem patinando.
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