Denise: Fila do desemprego é reflexo do mercado de trabalho
Temos um número muito grande de desempregados no país, são mais de 12 milhões.
A recuperação que tivemos foi muito em cima da informalidade, então são trabalhadores que na maior parte dos casos estão com emprego precário ou viram empreendedores porque não tem outra alternativa. Começam a fazer bicos, desenvolvem a própria atividade, viram MEI. Então não é um empreendedorismo mais produtivo, com pessoas experientes que tem vocação para abrir uma empresa.
Existe também uma demora muito grande para conseguir uma colocação, cerca de 3,3 milhões de desempregados procuram emprego há mais de dois anos. Nesse contexto, além da escassez de vagas, muita gente que poderia conseguir uma vaga que existe não tem qualificação. Não tem formação profissional e muitas vezes nem básica.
É a questão do analfabeto funcional, que não sabe ler corretamente. Você tem áreas que utilizam muito a informática, tem as start up, e não tem pessoal preparado.
A fila do desemprego é o reflexo de tudo o que está acontecendo no mercado de trabalho. Desemprego muito alto por conta do ritmo da atividade da economia e o baixo nível de investimentos; a informalidade que tem crescido; e a demora para conseguir uma colocação, muito relacionada a má qualificação, um problema educacional.
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