Denise: Outras alternativas podem ser discutidas além da volta da CPMF
Nova CPMF para combater o desemprego entre os mais jovens. A equipe econômica quer usar o imposto para desonerar a folha de pagamento da empresa que contratar quem aceitar menos direitos trabalhistas e o regime de capitalização.
“O Governo continua insistindo, na verdade a equipe econômica, na volta do CPMF porque é a solução mais fácil. É um imposto muito fácil de ser arrecadado, entra nas transações financeiras. E a grande argumentação é de que isso permitiria uma redução dos encargos trabalhistas. Muito positiva essa ideia de reduzir encargos trabalhistas, que é um dos fatores que acabam inibindo a geração de empregos no pais.”
“Simultaneamente a essa ideia da CPMF, o Governo ainda quer lançar aquela carteira verde e amarela, que está desde o início sendo discutida, para que os mais jovens tenham menos direitos. Isso também reduziria os encargos e seria o início do programa de capitalização, que não se sabe se teria colaboração patronal ou se então o próprio trabalhador, com menos direitos, ainda teria de arcar com os custos da própria aposentadoria. Isso no ambiente em que temos o desemprego muito elevado. Em tese, as ideias são boas. Reduzir encargos trabalhistas, viabilizar maior geração de empregos, reduzir o custo da folha para empresas. Agora, o custo que a Economia pode ter que pagar com a volta da CPMF, distorções que isso pode criar. Talvez não valha e pena. Outras alternativas podem ser discutidas porque essa questão dos encargos está colocada na discussão já há bastante tempo”, completa Denise.
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