Denise: São Paulo puxa reação da indústria; ES é destaque negativo
O IBGE divulgou nesta terça-feira (10) um balanço detalhado da produção industrial brasileira – que na semana passada já havia registrado uma expansão de 0,8% em outubro sobre setembro e 1% sobre o mesmo mês do ano passado.
Percebe-se que há um movimento bastante desigual da indústria brasileira por regiões. O Estado de São Paulo puxou a reação do setor por representar 34% da atividade do setor – com uma expansão de 5%, que não foi a maior da comparação.
Goiás é um dos destaques com 4% porque teve a quinta taxa consecutiva, mas acumulou um ganho de 6,4%.
Mas nós temos alguns setores com desempenho muito ruim. O Espírito Santo, por exemplo, caiu 22,5% – isso pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo da indústria extrativa.
São Paulo foi favorecido pela indústria alimentícia, como a cana-de-açúcar, e pelo setor de veículos.
A indústria, no geral, está em um processo de retomada mais contínua. São três meses consecutivos de crescimento. A CNI tem apontado ainda um avanço do faturamento, que tem muito a ver com desova de estoques.
Já a balança comercial brasileira tem registrado uma queda dos saldos, uma piora no geral. Então a indústria ainda tem um longo caminho para recuperar todas as perdas acumuladas. Nesse ritmo, vai demorar vários anos.
Ela pode colaborar para um clima melhor da economia no geral, para a recuperação do mercado de trabalho – mas vemos esse movimento muito desigual ainda.
São Paulo é quem desponta, mantendo um ritmo acima da média, mas tendo uma representatividade muito maior no desempenho em geral.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.