Denise: Taxa básica deve testar novos pisos históricos

  • Por Jovem Pan
  • 02/09/2019 10h37 - Atualizado em 02/09/2019 10h45
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Itaci Batista - Estadão Conteúdo Avanço de dois pontos percentuais em preços monitorados puxou revisão de alta da inflação em 2021 Na sexta-feira (30) o Governo anunciou o orçamento para o próximo ano e reduziu a própria projeção de crescimento da economia

O Boletim Focus acabou refletindo o PIB da semana passada, que veio acima das projeções. Previa-se algo em torno de 0,2% e veio 0,4%, com alguns dados mais favoráveis de alguns setores, como é o caso da construção.

O mercado elevou a projeção PIB desse ano de 0,8% para 0,87%. Não é nenhuma maravilha se contar com todo o atraso desde a recessão econômica, mas de qualquer forma teve impacto.

Para 2020, fica mantida a previsão de 2,10%. É mais ou menos o que o Governo está trabalhando. Na sexta-feira (30) o Governo anunciou o orçamento para o próximo ano e reduziu a própria projeção de crescimento da economia para 2,17%.

A economia ainda tem vários problemas para conseguir engatar um crescimento vigoroso de fato, o Governo constatou isso e até a incapacidade em conseguir avançar com os investimentos. O setor público, de acordo com o orçamento do Governo, teria ano que vem o menor nível de investimentos em 13 anos.

Então tudo isso acaba travando o crescimento, mas houve a repercussão do PIB.

Em relação a inflação, novo corte. Inflação definitivamente não é problema no que se refere até a política de juros. A previsão para esse ano é o IPCA em 3,59%, ano que vem em 3,85%. Bem abaixo do centro da meta. O mercado, com isso, conta com a taxa básica de juros caindo para 5% até o final do ano.

A taxa básica deve testar novos pisos históricos. Ela já está no menor nível registrado até então.

É importante se trabalhar na questão do custo do crédito. Quando se fala em retomada do crescimento, é importante que a redução da Selic chegue para o consumidor final. Uma redução do custo das taxas que são cobradas nas várias linhas de crédito, outra trava que se coloca na retomada do crescimento.

Crédito elevado inibe o consumo.

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