Depoimento de Santana e sua mulher é um despautério

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2016 07h15
Roberto Stuckert/Divulgação - 2/11/10 Roberto Stuckert/Divulgação - 2/11/10 João Santana entre ex-presidentes Lula e Dilma durante campanha presidencial de 2010

O comentarista Fernando Rodrigues fala sobre o impacto do depoimento de João Santana e Monica Moura ao juiz federal Sérgio Moro. “Foi a primeira vez, de maneira oficial, que os marqueteiros admitiram que de fato houve caixa dois na campanha de Dilma em 2010. Isso é muito importante. tem dois detalhes: a confissão oficial e não falaram sobre 2014 e tampouco quiseram admitir algum conhecimento sobre o grau de conhecimento que Dilma tinha a respeito dessas ilegalidades. Há momentos incríveis no depoimento de João Santana e Monica Moura”.

João Santana, quando indagado por Sérgio Moro sobre o motivo de receber dinheiro de forma ilegal em conta no exterior, disse que é uma prática que existe e que ele sempre lutou contra essa prática. “É quase inacreditável. É um exercício de paciência ficar ouvindo aquilo tudo”, criticou Fernando Rodrigues.

Os dois, antes de confessarem o esquema, mentiram no início, porque disseram que não tinha nenhum tipo de ilegalidade. Agora confessaram que houve dinheiro de caixa dois. Mas, em nenhum momento eles admitem que “acima deles sabiam do que se passava”. “É um despautério esse tipo de depoimento”, diz Rodrigues.

Os valores das dívidas da campanha de Dilma foram pagos por um doleiro por indicação do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Os marqueteiros completarão neste sábado (23) cinco meses de prisão. Os dois, em depoimento revelador, dão incío a uma narrativa que será ainda mais aprofundada.

Já no Palácio do Planalto, os ministros Alexandre de Moraes e Raul Jungmann (Justiça e defesa, respectivamente) falaram nesta quinta-feira (21) sobre a prisão de dez suspeitos de terrorismo. “Ao fazer esse carnaval, eles acabam despertando pensamento a esse respeito”, critica Fernando Rodrigues.

No final desta quinta, o juiz federal disse que não dá para dizer que a pessoa em Curitiba que foi preso exercia uma liderança sobre todos os outros. O juiz disse que a leitura sobre a capcidade operativa destes suspeitos foi do ministro da Justiça.

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