Deputado João Paulo Cunha se entrega no presídio da Papuda
Brasília, 4 fev (EFE).- O deputado brasileiro João Paulo Cunha, um dos 25 condenados no mensalão se entregou nesta terça-feira às autoridades no Complexo Penitenciário da Papuda, pouco depois de o Supremo Tribunal Federal expedir o mandado de prisão.
Através de sua assessoria de imprensa o deputado divulgou uma carta pública em que considerou o julgamento como um “show midiático”. Cunha alegou novamente sua inocência e admitiu a possibilidade de enfrentar um “julgamento legítimo” na Câmara dos Deputados, que deverá decidir o futuro político do congressista.
O mandado de prisão entregue hoje a Polícia Federal (PF) foi expedido pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, que tinha ordenado a prisão de Cunha em 6 de janeiro, após rejeitar o último recurso do deputado do PT.
Barbosa saiu de férias no dia seguinte, sem assinar o texto da ordem de prisão porque ainda não tinha sido elaborada pela Secretaria Jurídica da corte.
Os magistrados Carmen Lucia e Ricardo Lewandowski assumiram interinamente a presidência do STF durante a ausência de Barbosa, mas nenhum dos dois assinou a ordem de prisão que estava pendente.
As penas dos 25 políticos e empresários considerados culpados no processo começaram a ser executadas gradualmente desde 15 de novembro, com exceção de três dos réus, entre eles Cunha, que ainda tinham possibilidade de apresentar apelações.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados cumprirá pena de seis anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e desvio.EFE
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