Dilma assume riscos muitos pesados ao fazer uma defesa enfática de Graça Foster

  • Por Jovem Pan - Brasília
  • 12/08/2014 19h41
João Carlos Mazella/AgênciaJCM/Fotoarena/Folhapress João Carlos Mazella/AgênciaJCM/Fotoarena/Folhapress Graça Foster

No comentário desta terça-feira, o jornalista político da Jovem Pan, Fernando Rodrigues, avalia por que Dilma se esforça para defender Graça Foster, que pode ter seus bens bloqueados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Nesta segunda, pelo segundo dia seguido, Dilma defendeu Foster em público, dizendo que é gravíssimo politizar questões sobre a presidente da empresa de capital misto. Ela seria uma das responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, que causou muito prejuízo ao País.

Dilma defende graça por duas razões, analisa Rodrigues: Dilma é amiga pessoal de Foster, presidente da Petrobras, e Dilma entende que a decisão do Tribunal teria sido decisão política e não técnica.

José Jorge, ex-senador da República pelo PFL (atual Democratas), sendo até presidente desse partido que é um dos maiores opositores do governo, é o ministro do TCU que pediu o bloqueio de bens de Foster.

“Graça Foster pode até de fato ser, como temos a impressão de que é, aqui em Brasília acompanhando o governo, uma pessoa íntegra. Agora, quando um servidor público, mesmo íntegro, comete um erro, ele tem que ser responsabilizado”, afirma Fernando Rodrigues.

“Dilma assume riscos muitos pesados ao fazer uma defesa enfática de Graça, abraçando a causa da amiga”, conclui o comentarista.

Tons de incerteza

Outro assunto que Rodrigues aborda em seu comentário é a divulgação, pelo PT, de documento comparando 12 anos do governo petista com os 12 anos anteriores, administrações de Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso.

“Há uma contradição nessa atitude”, diz Rodrigues. 

A Escola Nacional de Formação do PT diculgou primeiro texto de uma série para servir de subsídio para os debates eleitorais. É um “material retórico”, avalia Rodrigues.

O panfleto diz: “Antes, os governos de Collor e Fernando Henrique Cardoso dirigiram o País a partir de um programa neoliberal que causou aumento do desemprego, aumento da pobreza, subordinou o Brasil aos interesses dos EUA e promoveu a criminalização e a desmoralização dos movimentos sociais“.

A crítica a FHC é até compreensível porque seu partido é adversário do PT. Já a Collor…

Aqui em Brasília, o PT anda o tempo todo abraçado a Collor. Fernando Rodrigues aponta a incongruência.

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