Dilma cortou R$ 206 milhões da TV Globo em 2015
Dilma Rousseff cortou R$ 206 milhões da TV Globo em 2015. Além disso, a Record recebeu R$ 127 milhões a mais que o SBT no ano passado, embora as duas emissoras tenham audiência muito parecida.
Os dados foram obtidos pelo portal UOL por meio da Lei de Acesso à Informação e divulgados no blog do comentarista político Jovem Pan Fernando Rodrigues.
Os números mostram como se comportou Dilma nessa reta final de 2015, quando as pessoas ligadas à presidente achavam que havia um complô de fato de certos meios de comunicação para tentar derrubá-la do poder.
A Rede Globo de Televisão e suas cinco emissoras do Grupo Globo receberam verbas de publicidade federal em 2015 no valor de R$ 206 milhões menores que em 2014.
Foram R$ 396,5 milhões em 2015 e R$ 602,8 milhões em 2014. O corte à Globo representou 34,9% da queda nos repasses federais do governo no ano passado – R$ 591,5 milhões a menos no total a vários veículos de mídia.
Mesmo para a TV Globo, que é o veículo de comunicação mais poderoso do Brasil, duas centenas de milhões de reais é muito dinheiro.
Foi uma decisão política do Palácio do Planalto.
Outros dados interessantes (SBT x Record)
TVs são os meios que mais recebem verbas publicitárias. Depois da TV Globo, TV Record e SBT têm as maiores audiências e muito semelhantes. Ambas registraram média de 5 pontos de audiência no Ibope em 2015.
Todas as emissoras de TV tiveram verbas federais cortadas, mas a Record, ligada ao bispo Edi Macedo e à Igreja Universal do Reino de Deus, teve a menor perda (de 14%).
A Record recebeu R$ 127 milhões a mais que o SBT em 2015. Ou seja, embora a audiência das duas seja muito parecida, a diferença na verba publicitária foi enorme.
Silvio Santos e Edi Macedo (Reprodução)
A empresa de Silvio Santos recebeu 115,4 milhões. Já a TV do bispo Edi Macedo, da Igreja Universal, aportou 242,9 milhões de publicidade estatal sob Dilma no ano passado.
Duas emissoras de audiência idêntica foram tratadas de maneira muito diferente.
Havia a expectativa, por parte do Palácio do Planalto, que houvesse um tratamento mais favorável ao governo Dilma pela TV Record. Isso era muito ouvido em Brasília no ano passado.
Outro capítulo
A gente vê como o dinheiro de publicidade foi usado pelo governo federal para tentar fazer política, e não simplesmente divulgar informações de interesse público, a finalidade oficial das propagandas estatais.
Quase sempre as propagandas do governo não têm nada a ver com utilidade pública. São apenas peças para fazer proselitismo do governo em voga.
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