Dilma tem grande superioridade no tempo de televisão para campanha

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2014 18h51

Dilma manda mensagem de apoio a Neymar e faz sinal de "Tóis" com o braço Reprodução/Facebook Dilma manda mensagem de apoio a Neymar e faz sinal de "Tóis" com o braço

Fernando Rodrigues comenta a convocação da presidente Dilma do movimento Bom Senso FC para depois da Copa e dos tempos de exibição televisiva que terá cada candidato à presidência.

A presidente convocou reunião com o Bom Senso Futebol Clube, movimento de jogadores que pede melhorias no futebol brasileiro, para sexta-feira da semana que vem. Em 26 de maio, antes da Copa, Dilma já havia feito uma reunião com o grupo.

Nesta, Rousseff previu como legado da Copa uma “reforma dos métodos de gestão” do esporte e uma eventual “democratização de suas práticas”.

Para Fernando Rodrigues, Dilma está tentando faturar ao máximo com a realização da Copa do Mundo no Brasil

Mas, reunindo-se com o Bom Senso, a presidente estará declarando guerra aberta à CBF, entidade privada que comanda o esporte bretão no Brasil e é a maior criticada pelo grupo de jogadores.

“Falar mal de cartolas brasileiros dá voto”, diz Rodrigues, citando o exemplo de Romário, deputado federal que disputará cargo de senador pelo Rio de Janeiro com o mesmo discurso.

A CBF não recebe um tostão do Governo, e sim os clubes, relembra o comentarista da Jovem Pan. Para Rodrigues, seria mais útil do Governo Federal cobrar as grades dívidas que têm os times de futebol e responsáveis, “contraídas de maneira criminosa”. Quando um, dois ou três grandes ficarem um ano de fora por causa dessas dívidas, aí então haverá mudanças positivas no futebol, avalia.

Senão, “a presidente está apenas fazendo política no futebol, e isso pode não acabar bem”, conclui.

Eleições na TV 

Campanha eleitoral no Brasil se faz no rádio e na televisão, o chamado palanque eletrônico. Até por causa do tamanho do Brasil, fica difícil e quase inviável ater-se apenas aos grandes comícios. Em eleições para prefeito e governador pode até ser importante, mas na corrida presidencial é o tempo de TV que conta. “A influência vai ser enorme”, diz Fernando Rodrigues.

E o Tribunal Superior Eleitoral deu a divisão do tempo, de acordo com as coligações dos partidos. Confira:

Dilma (PT) terá 11 minutos e 48 segundos em cada bloco da propaganda eleitoral, que dura 25 minutos no total;

Aécio (PSDB) terá 4 minutos e 31 segundos;

Campos (PSB) terá 1 minuto e 49 segundos;

Pastor Everaldo (PSC) terá 1 minuto e 8 segundos;

Fica claro que a situação de Dilma é mais confortável que a de seus adversários.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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