Discurso de Dilma pós-aceitação de pedido de impeachment é sofista
Fernando Rodrigues enumerou, em seu comentário desta quinta no Jornal da Manhã, fatores importantes no prosseguimento do processo de crise política. A postura do PMDB, segundo maior partido no Congresso, principal aliado dos governos petistas nos últimos anos, mas que ameaça deixar a base governista, e o comportamento do vice-presidente Michel Temer (se vai começar a articular com forças do impeachment ou não) são fatores fundamentais.
A crive é gravíssima, o viés é negativo para o governo nesse momento, mas tem que haver ponderança na análise antes de falar que tudo é inevitável. No momento, entretanto, as perspectivas são negativas.
Um dos impulsionadores do impeachment foi a o posicionamento de deputados petistas pela cassação de Cunha no Conselho de Ética. O PT mudou de opinião majoritariamente nesta quarta (02). Decidiu não mais dar apoio a Eduardo Cunha. O partido concluiu que haveria uma razia no partido se apoiasse Cunha. Dez deputados já estavam com a ficha para outras siglas
Dilma, porém, em seu discurso logo após a aceitação do pedido de abertura de impedimento, disse ser contra chantagem. O discurso do PT é sofisma, diz Fernando Rodrigues.
É sabido também que membros do Palácio do Planalto durante dois meses negociaram com Eduardo Cunha. Há chantagem do outro lado também, ameaçando a cassação do presidente da Casa.
Não era a mais republicana das negociações, mas é comum na política. É o roto falando do rasgado.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.