Discurso de Dilma pós-aceitação de pedido de impeachment é sofista

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2015 15h08
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Brasília - A presidente Dilma Rousseff em pronunciamento se manifesta com indignação sobre a aceitação do pedido de impeachment anunciado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha ( (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias/Agência Brasil Dilma discursa após aceitação do pedido de abertura de impeachment

Fernando Rodrigues enumerou, em seu comentário desta quinta no Jornal da Manhã, fatores importantes no prosseguimento do processo de crise política. A postura do PMDB, segundo maior partido no Congresso, principal aliado dos governos petistas nos últimos anos, mas que ameaça deixar a base governista, e o comportamento do vice-presidente Michel Temer (se vai começar a articular com forças do impeachment ou não) são fatores fundamentais.

A crive é gravíssima, o viés é negativo para o governo nesse momento, mas tem que haver ponderança na análise antes de falar que tudo é inevitável. No momento, entretanto, as perspectivas são negativas.

Um dos impulsionadores do impeachment foi a o posicionamento de deputados petistas pela cassação de Cunha no Conselho de Ética. O PT mudou de opinião majoritariamente nesta quarta (02). Decidiu não mais dar apoio a Eduardo Cunha. O partido concluiu que haveria uma razia no partido se apoiasse Cunha. Dez deputados já estavam com a ficha para outras siglas

Dilma, porém, em seu discurso logo após a aceitação do pedido de abertura de impedimento, disse ser contra chantagem. O discurso do PT é sofisma, diz Fernando Rodrigues.

É sabido também que membros do Palácio do Planalto durante dois meses negociaram com Eduardo Cunha. Há chantagem do outro lado também, ameaçando a cassação do presidente da Casa. 

Não era a mais republicana das negociações, mas é comum na política. É o roto falando do rasgado. 

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