Egito não confirma assassinato de refém croata e continua buscas
Cairo, 13 ago (EFE).- As autoridades egípcias afirmaram nesta quinta-feira que os órgãos de segurança não dispõem ainda de informações confiáveis sobre o suposto assassinato de um cidadão croata pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
O ministro de Relações Exteriores egípcio, Sameh Shukri, conversou por telefone com seu colega croata, Vesna Pusic, a quem garantiu que continuam as operações de busca.
Shukri também destacou que seu governo realiza “os máximos esforços” para deter os culpados do sequestro e do possível assassinato, segundo o comunicado oficial de seu departamento.
Ontem, o governo da Croácia também não pôde confirmar a morte de seu cidadão Tomislav Salopek, mas expressou seu temor de que a notícia seja verdadeira.
O grupo jihadista Wilayat Sina, braço egípcio do EI, divulgou ontem uma fotografia na qual supostamente aparece decapitado o croata, sequestrado no Egito no último mês de julho.
O breve texto que acompanha a foto indica que o refém foi assassinado porque “seu país participa da guerra contra o EI” e que sua decapitação aconteceu “ao expirar o ultimato”.
No último dia 5 de agosto, esse braço do EI reivindicou o sequestro do cidadão croata e garantiu que iria matá-lo em 48 horas se as autoridades egípcias não libertassem as “mulheres muçulmanas” presas no Egito.
Salopek, de 31 anos, casado e com dois filhos, trabalha para a empresa francesa Compagnie Generale de Géophysique (CGG) no Cairo, e foi sequestrado em 22 de julho quando saía da capital egípcia.
O Wilayat Sina assumiu a autoria dos atentados mais mortíferos cometidos no Egito, principalmente contra as forças de segurança, desde julho de 2013, quando foi derrubado o então presidente Mohammed Mursi. EFE
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